
Secos & Molhados foi uma das melhores bandas brasileira, visuais andróginos, rostos pintados, visual muito louco para a época, guitarra com som brasileiro rico e rock...

...criada pelo compositor João Ricardo em 1971.
Canções do folclore português, como "O Vira",
misturadas com a poesia de Cassiano Ricardo,
João Apolinário, Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa, entre outros, fizeram do grupo um dos maiores
fenômenos musicais do Brasil.
*O nome foi criado por João Ricardo, quando, nas proximidades de Ubatuba, em um dia chuvoso, viu uma placa de armazém balançando anunciando o tema "Secos e Molhados".
Isto lhe chamou a atenção, e antes mesmo do surgimento da banda, surgiu a idéia do nome e alguns outros conceitos que a consistiriam foram se formando.

O som completamente diferente à época, fez com que o Kurtisso Negro de propriedade de Peter Thomas, Oswaldo Spiritus e Luiz Antonio Machado no bairro do Bixiga, em São Paulo, local onde o grupo se apresentava, fosse visitado por muitas pessoas, interessadas em conhecer o grupo. Entre os “curiosos” estava a cantora e compositora Luli, com quem João Ricardo fez alguns dos maiores sucessos já gravados no Brasil ("O Vira" e "Fala").


Por indicação de Luli, conhece Ney Matogrosso, que muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo.

Depois de alguns meses, Gerson Conrad, vizinho de João Ricardo, é incorporado ao grupo.


No dia 23 de maio de 1973, o grupo entra no estúdio "Prova" para gravar – em sessões de seis horas ao dia, por quinze dias, em quatro canais – seu primeiro disco, que vendeu mais de 300 mil cópias em apenas dois meses, atingindo um milhão de cópias em pouco tempo.




O sucesso do grupo atraiu a atenção da mídia, que convidou-os para várias participações na televisão.





Após o fim do grupo Secos & Molhados, os três membros seguiram em carreira solo.




A primeira formação após o fim do grupo em 1974 surgiu em maio de 1978, João Ricardo lança o terceiro disco dos Secos & Molhados com Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão. O terceiro disco foi lançado, e mais um sucesso do grupo – o que seria o último de reconhecimento nacional, e único fora da formação original – "Que Fim Levaram Todas as Flores?", uma das canções mais executada no Brasil naquele ano, o que trouxe o novo grupo de João Ricardo às apresentações televisivas.




*Foram influenciados pelos Dzi Croquettes, segundo reportagem do Estadão, contrariando os boatos de que fora o Kiss que inspirara o visual da banda.

*Secos & Molhados - 1973
*Secos & Molhados (II) - 1974
*Secos e Molhados [III] - 1978
*Secos e Molhados [IV] - 1980
*A Volta do Gato Preto - 1988
*Teatro? - 1999
*Memória Velha - 2000
*Ouvido Nu - 2003
*Sempre - 2009
II-
*1971
Abril – A banda agora faz jus ao nome com a entrada de mais dois integrantes: Antonio Carlos (Pitoco) e Fred. Um violão de 12 cordas e harmônica de boca, uma viola de 10 cordas e percussão.
Maio – Temporada na casa de shows “Kurtisso Negro”.

Julho – João Ricardo muda os componentes da banda.
Agosto – Conhece Ney de Souza Pereira, futuro Matogrosso. Fazem durante alguns dias ensaios para se conhecerem. Ney volta ao Rio, onde mora.
Novembro – Ney volta a São Paulo para integrar de vez os Secos & Molhados. Nesse mesmo dia, está agendada a gravação da musica “Vôo” para a peça sob direção de Antunes Filho, “Corpo a Corpo” de Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha.

Janeiro – Começam nos ensaios entre João e Ney. Durante o ano várias músicos
procurariam João para fazerem parte da banda. Dos primeiros, o único que ficou foi o flautista Sérgio Rosadas, o “Gripa”, presente na gravação dos dois discos desta formação.
Formaliza a entrada de Gerson Conrradi, conhecido Conrad.
Dezembro – Primeira temporada no Teatro do Meio, no Ruth Escobar, doublé de casa noturna: “Casa de Badalação & Tédio”. Primeiro sucesso inesperado. Um mês depois voltam por mais quinze dias. Conhecem o futuro empresário, o jornalista Moracy do Val, que lhes propõe gravar o primeiro disco.

Janeiro – João e Ney viajam para o Rio para descansar enquanto procuram músicos para viabilizar a possível gravação do primeiro disco. A estadia prolonga-se por mais dois meses. João vem a São Paulo duas vezes até receber o OK do empresário em relação á gravadora.
Março - Começam os ensaios com os músicos Gripa (flauta), John (guitarra), Willy (baixo) e Marcelo (bateria).
Maio, 23 – Entram em estúdio.
Junho – Quinze dias depois terminam de gravar o disco e preparam as fotos da capa com António Carlos Rodrigues. Com o layout de Décio Duarte Ambrósio, João Ricardo entrega tudo pronto para a direção de arte da Continental, companhia de discos.
Agosto, 6 – Show de lançamento do primeiro álbum no antigo Teatro Aquarius, na rua Rui Barbosa, em São Paulo.

Setembro, 12 – Estréia da temporada de duas semanas no “Teatro Itália” para o lançamento do disco que até ao fim deste mês chegaria á marca inacreditável de trezentas mil cópias vendidas. Torna-se o maior fenômeno da musica popular do Brasil, batendo todos os recordes de vendagem de discos até então.

Dezembro - Fazem shows pelo país, batendo também todos os recordes de público. Resolvem voltar a São Paulo e terminar o ano em temporada no Teatro “Treze de Maio”.

Janeiro – Temporada de um mês no Teatro “Thereza Raquel” e gravações em televisão. Sucesso absoluto de público.
Fevereiro – Apenas para agradecer e dar chance ás pessoas que não conseguiram entrar no teatro durante a temporada, sem imaginar o que aconteceria, a banda resolve fazer um show no Maracanãzinho e acaba surpreendido pelas milhares de pessoas que não só superlotaram o ginásio dentro, como fora.

Abril/Maio – Alguns shows e ensaios para a gravação do segundo álbum.
Junho – Gravação do disco.
Agosto – Lançamento no programa “Fantástico” e ao mesmo tempo o término dessa formação.
*1975
Fevereiro – João Ricardo grava o seu primeiro disco solo e em seguida viaja a Los Angeles para a mixagem nos Estúdios Kendun em Burbank com o celebrado engenheiro de som Humberto Gatica.
Maio – Lançamento também no “Fantástico” do que ficou sendo conhecido como “disco rosa”. Em seguida um show desastroso no teatro Bandeirantes faz João se recolher e se preparar para gravar um ano depois.
*1976
Agosto – João chama três músicos desconhecidos, Vander Taffo (guitarras), João Ascensão (baixo) e Juba (bateria), e viaja para o Rio de Janeiro para gravar nos estúdios da Phonogram, o segundo álbum solo, ”Da Boca Pra Fora”.
Outubro – O lançamento desta vez não se deu na televisão, mas num show realizado no “Teatro Oficina” sob a direção do dramaturgo e diretor eventual de shows, Antonio Bivar.

Dezembro – Entra em estúdio para gravar o terceiro disco dos Secos com novos componentes: Lili Rodrigues (vocais) Vander Taffo (guitarra) João Ascensão (baixo) e Gel Fernandes (bateria). A partir deste disco, todos os componentes serão sempre mudados.
*1978
Março – Em meio á febre do “disco music”, os Secos & Molhados lançam a terceira obra com a canção “Que fim levaram todas as flores?”, uma das mais executadas no país. Durante o ano fazem televisão e shows muito bem recebidos.
*1979
Abril/Maio – Gravação do segundo álbum “Musicar” de João Ricardo, mas que seria lançado apenas no segundo semestre. A gravadora considerou-o hermético, mais pra musica popular brasileira contemporânea ou o que isso possa significar.
*1980
Agosto – O quarto elepê dos Secos é lançado com nova formação: César e Roberto Lempé e Carlos Amantor, cantores e compositores. João decide parar por um tempo e viajar para fora do país. Pede e aceitam a rescisão do seu contrato.
*1981
Junho – João volta a fazer shows e estréia “Em Conserto” (assim mesmo) no teatro João Caetano. Participação especial do artista plástico/ator Marco Antonio Lima.
No resto do ano João Ricardo entra em estúdio e começa a fazer testes com canções que pretende gravar, ainda sem nada muito definido. Essas canções entrariam no disco “Memória Velha” lançado no ano 2000. Numa dessas noites de gravação nos Estúdios Matrix, conhece Carlos Zapparolli Jr., mais tarde conhecido como Tôto Braxil.
*1987
Fevereiro – João recebe a visita de Tôto e ficam amigos. Nasce aí a possibilidade do novo Secos & Molhados. Resolvem chamar os músicos Edinho (guitarra), Fernando (baixo) e Ninho (bateria).
Abril – Começam os ensaios para um único show no “Palace”, casa tradicional de shows, para o lançamento do novo integrante, Totô Braxil.
Junho, 30 – Realização do espetáculo De Volta Para o Futuro com a participação do grupo de teatro de bonecos “Cena Muda” de Marco Antonio Lima e Eduardo Amos.
*1988
Fevereiro – Entrada em estúdio para a gravação do novo álbum.
Maio – Sai o disco “A Volta do Gato Preto”, quinta formação da banda.
Setembro, 28 – Show de lançamento no Rio de Janeiro em temporada de quinze dias no “Teatro Ipanema”.
*1990
Janeiro, 22 – João Ricardo entra em estúdio para gravar um novo disco e realizar seu antigo sonho: lançar o seu primeiro álbum independente.
Março, 1º – Mixagem do que também viria a fazer parte do cd “Memória Velha”. A culpa disso tudo não ter acontecido foi o confisco do dinheiro pelo governo da época.
Outubro – Totô decide viajar para a Europa e João resolve mudar tudo de novo. Fazem o ultimo show, quando Tôto descobre estar doente.

*1999
Fevereiro, 10 - Numa noite, João grava o novo disco dos Secos & Molhados apenas com uma guitarra.
Junho, 12 – Lança oficialmente o cd “Teatro?”, junto com o seu site http://www.secosemolhados.com/
Junho, 28 – Noite de autógrafos na mega loja de cd’s “Mirage Music”.
Setembro – Show no Ballroom, casa de espetáculos do Rio de Janeiro. *2000
Abril – Assina com a gravadora Eldorado o licenciamento do disco
inédito feito entre 1986 e 1990 “Memória Velha”
Setembro – O álbum é lançado oficialmente.
*2003
Dezembro – Lançamento para colecionadores do CD "Ouvido Nu" em comemoração aos 30 anos da gravação do primeiro disco dos Secos & Molhados.
*2006
Agosto/Dezembro – João Ricardo grava as músicas que farão parte do próximo disco.
*2007
Março – Chama-se PUTO o novo álbum solo de João Ricardo.
Junho, 11 - Lançamento oficial !

*O Vira
*O Vira
Composição: João Ricardo / Luli
O gato preto cruzou a estrada
Passou por debaixo da escada.
E lá no fundo azul
na noite da floresta.
A lua iluminou
a dança, a roda, a festa.
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Vira, vira, lobisomen
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Bailam corujas e pirilampos
entre os sacis e as fadas.
E lá no fundo azul
na noite da floresta.
A lua iluminou
a dança, a roda, a festa.
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Vira, vira, lobisomen
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Bailam corujas e pirilampos
entre os sacis e as fadas.
E lá no fundo azul
na noite da floresta.
A lua iluminou
a dança, a roda, a festa.
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Vira, vira, lobisomen
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem, vira, vira
Secos e Molhados - Sangue latino + O Vira

Composição: João Ricardo / Paulinho Mendonça
Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa

Secos & Molhados - Rosa de Hiroshima - Live in 1973
*Rosa de Hiroshima
Composição: Gerson Conrad / Vinícius de Moraes
Pensem nas crianças mudas,
telepáticas
Pensem nas meninas cegas,
inexatas
Pensem nas mulheres, rotas
alteradas
Pensem nas feridas como rosas
cálidas
Mas! Oh! não se esqueçam da
rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa
hereditária
A rosa radioativa, estúpida
inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa
atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa
Sem nada

Flores Astrais
Performing Live - 1973
Amor
Fala
Mulher Barriguda
Que Fim Levaram Todas As Flores?
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