quarta-feira, 7 de outubro de 2009

♫ ☼ Mariza ☼ ♫



No universo musical, a extraordinária cantora que esta fazendo história, proeza tal que não se via desde Amália Rodrigues a Rainha do Fado, Mariza, com um cabelo fashion, uma maravilhosa voz, carisma, reconhecimento mundial, muitas premiações que a torna a diva do Fado, a princesa do Fado.
Mariza, cantora portuguesa nascida a 16 de Dezembro de 1973, em Moçambique. Veio viver para Portugal quando tinha três anos e foi morar para a Mouraria, onde teve os seus primeiros contatos com o Fado. Experimentou outros géneros musicais, como Jazz, Gospel e Soul, entre outros, mas foi com o Fado que mais se identificou. Começou a ser conhecida em 1999, quando interpretou fados da Amália Rodrigues nos espetáculos organizados em homenagem a essa grande diva do Fado.

A partir de então, passou a ser convidada a participar em programas de TV.
Em 2001 lançou em Portugal, e em mais 32 países, o seu primeiro CD - Fado em Mim, que alcançou o disco de Platina em Portugal, foi distinguido com o prémio de melhor CD de música tradicional de 2001 na Alemanha e considerado o álbum de estreia que mais vendeu na União Europeia, excluindo o país de origem, tendo recebido o prémio Boarder Breaker. Lançou em 2003 o seu segundo CD, intitulado Fado Curvo.
A fadista Mariza recebeu o prémio de Melhor Atuação no Festival d'Été de Quebec em 2002, e o prémio de Melhor Artista da Europa de World Music da BBC Radio 3 em 2003. A sua presença no programa da BBC "Later with Jools Holland" foi seleccionada (entre as cerca de 3000 atuações que por lá já passaram) como uma das 30 atuações a integrar o DVD do programa.
Participou na coletânea World 2002, onde se incluem todos os melhores da World Music (selecção do público). Interpretou o hino nacional no jogo da seleção portuguesa com a seleção da Coreia no Mundial de Futebol em Seul, tendo recebido as melhores críticas de publicações internacionais.
Tem feito vários espetáculos e atuações em diversas cidades do mundo, sendo de destacar a digressão pelo Reino Unido com as salas esgotadas e as melhores críticas dos principais jornais britânicos (The Times, The Observer, The Guardian, entre outros). Em Portugal os seus espetáculos têm tido também grande adesão do público, com salas como o Rivoli (Porto) e o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (Lisboa) de lotação esgotada.
Em Dezembro de 2003 a fadista foi distinguida como Personalidade do Ano pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. Esta distinção é atribuída todos os anos à personalidade que melhor representa Portugal no estrangeiro. Quase dois anos depois, em Outubro de 2005, foi nomeada embaixadora da boa vontade da Unicef, não só pela fama que alcançou nacional e internacionalmente, essencial para dar conhecimento ao mundo do que se passa com as crianças necessitadas, como também pela sensibilidade que sempre demonstrou ao participar em eventos de solidariedade.
Se pedíssemos a cada um dos ouvintes de Mariza uma palavra, uma só, para descrever o sentimento que os invadem quando a escutam, certamente preencheríamos páginas e páginas que, mesmo descontadas eventuais repetições, ganhariam a riqueza e a dimensão de um dicionário.
O que, por um lado, testemunha a riqueza vocabular da Língua Portuguesa e, por outro, serve como prova de que o público que a acompanha, por cá e lá por fora, se tem multiplicado em todas as direções, cada vez mais independentes de idades e geografias, de escolas de gosto e declarações de rendimentos.
Em sete anos,Mariza conquistou, à força de alma e de garganta, de disciplina e de trabalho, o estatuto das grandes cantoras universais – Amália, Piaf, Elis, Ella, Garland e mais uma mão-cheia de mulheres a quem basta um nome para o reconhecimento imediato e entusiasmado. É nosso dever, e é nossa salvação, aprender a partilhá-la. Amarrá-la a uma só forma, mesmo que ela tenha os contornos de grandeza e arrepio do nosso Fado, seria criminoso, por toda a grandeza desperdiçada sem préstimo. Melhor é deixá-la voar livremente, para termos a certeza de que volta a casa. Eis o código de acesso, as ilimitadas fronteiras, o perfil psicológico de “Terra”, o novo disco, o primeiro de um novo ciclo, a primeira obra-prima de uma respiração diferente.
Mariza precisa de uma só palavra para explicar o sucedido e o resultado: “verdade”. Senão vejamos: “Em sete anos consecutivos de tournée internacional, além de levar a minha música, fui tendo contatos com culturas e estéticas diferentes. Fui ouvindo e entendendo. Fui assimilando até chegar aqui, a este ponto que é, neste momento, a minha verdade.
Ora, se eu fui sempre verdadeira com o público e comigo própria, não havia razão para que este disco não desse conta da evolução que eu fui sofrendo, como cantora e como pessoa.
Senti o “Transparente” como o fim de um ciclo, depois sublinhado com o “Concerto Em Lisboa”. A este chamei-lhe “Terra”, não só porque continuo a ter os pés bem assentes nela, mas também pela ideia de viagem, de percurso, de roteiro. Era inevitável, depois de ir andando tanto pelo mundo…”.
Sejamos honestos: sendo inegável que é o Fado o tronco central da música a que Mariza dá voz, a seiva que nele corre é de uma renovação contínua, pelas experiências sonoras já ensaiadas em discos anteriores – “Fado em Mim” (2001), “Fado Curvo” (2003), “Transparente” (2005) e “Concerto Em Lisboa” (2006), mais o DVD “Live In London” (2004), todos eles abençoados com uma multiplicação de galardões de Platina – ou pelos autores e produtores escolhidos. Estávamos, estaremos sempre, órfãos de Amália e escolhemos, por aclamação popular e distinção crítica, uma nova referência, um novo padrão, também com seis letrinhas apenas…
Talvez nos tenhamos esquecido que antes da Mouraria houve Moçambique e que, depois do bairro, chegaria a vez do Mundo. Por outras palavras, Fado, sim, sempre; mas porquê ficar por aí? Lá por fora, o comodismo era outro: o Fado, como todas as músicas de maior ou menor acento étnico, ia parar ao grande cesto da World Music que, de resto, valeu os primeiros prémios a Mariza. World Music ou Música(s) do Mundo. Não é mais nem menos do que a cantora reclama agora, com este “Terra” prometido. Sem esquecer a ideia e a prática de Miguel Torga: “Ando, dou a volta ao mundo, mas acabo por vir dormir aqui”.
O que acontece em “Terra” é um convite da guitarra portuguesa e da viola de Fado à guitarra de um inglês, Dominic Miller (parceiro de Sting há vinte anos), aos pianos de um brasileiro, Ivan Lins, e dois cubanos, Chucho Valdês e Ivan “Melon” Lewis, à guitarra flamenca de um espanhol, Javier Limón, à percussão de outro espanhol, Piraña (percussionista eleito de Paco De Lucia).
(Mariza e Daniela Mercury)
O que se passa em “Terra” é a comunhão perfeita da voz de Mariza com as do cabo-verdiano Tito Paris e da afro-hispânica Concha Buika. O que tem lugar em “Terra” é a passagem de testemunho do produtor, facto que parece quase um requisito de Mariza, para evitar repetições: depois de Jorge Fernando veio Carlos Maria Trindade, rendido por Jacques Morelenbaum, para agora entrar em cena Javier Limón.
No lugar da comodidade, aqui viaja-se nos braços do desafio. E, no entanto, quem ouvir esta aventura quase ecuménica que envolve o flamenco e a morna, que tem perfumes de jazz, que passa pela canção clássica e que não desdenha o folclore, perceberá que o elo de ligação teima em ser português e de arrepio, chamem-lhe Fado ou apenas Mariza.
Mariza ganhou o seu primeiro prémio logo em 2001, num Festival do Québec: o First Award – Most Outstanding Performance. A secretaria de Estado do Turismo de Portugal distinguiu-a com Medalha de mérito grau ouro, em 2003, ano em que foi eleita Personalidade do Ano na área da Cultura e Espetáculos, pela Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing, venceu o prémio da Imprensa alemã “Deutscheschalplatten Kritik”, na categoria de melhor CD de Música Tradicional, Étnica, Folk e World Music, atribuído ao álbum “Fado Curvo” (repetindo a distinção de 2001, por “Fado em Mim”) e foi escolhida como “Melhor artista da Europa”, na área da World Music, pela BBC Radio 3, o que voltaria a acontecer em 2005 e 2006.
Em 2004, é-lhe atribuído o “European Border Breakers Award”, (prémio patrocinado pela União Europeia) pelas vendas internacionais de “Fado em Mim”, é votada pela Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal como Personalidade do Ano 2003 e é nomeada Embaixadora da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade.
Em 2005, novas “embaixadas”: é Embaixadora de Hans Christian Andersen a propósito das comemorações do bicentenário do escritor e Embaixadora de Boa Vontade da UNICEF. Além disso, a Fundação Amália Rodrigues atribui-lhe o “Prémio Internacional”, como “a artista que mais tem divulgado a música portuguesa além fronteiras”. Em 2006, o presidente da República, Jorge Sampaio, distingue-a com a Ordem do Infante Dom Henrique, grau Comendador.
Recebe o “Globo de Ouro”, em Portugal para “Melhor interprete individual”. É nomeada para os prémios australianos Helpmann Awards 2006, na categoria de “Best International Comtemporary Concert”, pelas atuações na Ópera de Sydney, enquanto “Ó gente da minha terra” (do álbum “Fado Em Mim”) é o principal tema musical do filme “Isabella”, de Pang Ho-cheung, vencedor do Urso de Prata no 56º festival de cinema de Berlim, para melhor banda sonora. Já em 2007, é nomeada para os prémios finlandeses “Emma Gaala”, na categoria de “Melhor Artista Internacional”, ao lado de nomes como Robbie Williams, Andrea Bocelli, Basshunter, Iron Maiden ou Red Hot Chili Peppers.
A convite da consagrada fotógrafa alemã Bettina Flitner, integra o projecto “100 most important women in Europe”, em cooperação com as entidades governamentais alemãs, apresentado no parlamento Europeu.
O Instituto de Turismo de Portugal nomeia-a sua Embaixadora, pela difusão dos valores da cultura portuguesa e por personificar a imagem que Portugal deseja transmitir ao mundo enquanto nação. Torna-se a primeira artista portuguesa nomeada para os prémios Grammy, considerados como o maior galardão na área da música: a Latin Academy of Recording & Sciences nomeou “Concerto em Lisboa” na categoria de álbuns tradicionais (melhor disco folk).

No mês passado, foi agraciada com a Medalha de Vermeil da Academia de Artes, Ciências e Letras de Paris, marcando presença “no panteão dos grandes, pelos relevantes serviços prestados às artes e culturas”. Se dúvidas houvesse, todas estas manifestações de reconhecimento, nacionais como internacionais, teriam que ser consideradas e pesadas na legitimação de um trajeto artístico que, por ser tão nosso, acaba por ser um bem comum. Felizmente, não é escasso, enquanto houver voz e prazer e missão e descoberta.
Afortunadamente, pode ser distribuído a quem por ele se interessar. Voltamos ao essencial: “Terraé um disco português, para o Mundo. Em cada um dos 14 andamentos que o compõem, sente-se que as sementeiras já deram fruto. E como diz a protagonista desta colheita de exceção, “as flores é que não têm que ser todas da mesma cor”. Nem podiam: grande é a viagem que aqui se concentra e incentiva. Tão grande que vale a pena evocar Jorge Amado – tal como o seu livro, esta obra mostra uma “Terrado sem fim.


“Terra”

1.JÁ ME DEIXOU
(Artur Ribeiro/ Max)

2.MINH´ALMA
(Paulo de Carvalho)

3.ROSA BRANCA
(José de Jesus Guimarães/ Resende Dias)

4.RECURSO
(David Mourão-Ferreira/ Tiago Machado)

5.BEIJO DE SAUDADE
(B.leza)

6.VOZES DO MAR
(Florbela Espanca/ Diogo Clemente)

7.FRONTEIRA
(Pedro Homem de Melo/ Mário Pacheco)

8.ALFAMA
(Ary dos Santos/ Alain Oulman)

9.TASCO DA MOURARIA
(Paulo Abreu Lima/ Rui Veloso)

10.ALMA DE VENTO
(Diogo Clemente/ Dominic Miller)

11.SE EU MANDASSE NAS PALAVRAS
(Fernando Tordo)

12.AS GUITARRAS
(Ivan Lins)

13.PEQUENAS VERDADES
(Javier Limón)

14.MORADA ABERTA
(Carlos Tê/ Rui Veloso)

"Viram?! Quem é que diz que o fado não pode ser dançado? É claro que pode ser dançado…" - Mariza
Apesar de reunir algumas críticas dos espectadores mais conservadores, Mariza foi a maior impulsionadora da nova geração de fadistas que surgiram depois do milénio, e uma das pessoas que mais contribuíram para o reconhecimento e o valor que fado conseguiu recuperar, tanto em Portugal como no estrangeiro.
A influência de Amália Rodrigues
Mariza é hoje, indubitavelmente, a fadista mais reconhecida do fado contemporâneo, e reúne pelo menos três das características que Amália teve, e que muito impulsionaram o seu sucesso: ser proviniente de um bairro típico de Lisboa, ter uma excelente voz e a dramatização das suas interpretações.
E Mariza conheceu a música de Amália já relativamente tarde, já que o pai só tinha o hábito de ouvir fadistas masculinos em casa. Acusada de explorar negativamente o repertório mais célebre de Amália, é inquestionável que Mariza revitalizou essas canções, colocando de novo o fado na ribalta, algo que não se via ainda na década de noventa.
Para além disso, colocou o fado no topo da world music, levando-o aos mais ilustres palcos, como a Sala Kongresowa, em Varsóvia, a Ópera de Sydney e o Carnegie Hall, e colocando-o no top nacional de vendas da Finlândia e Holanda, algo impensável até à altura.
Mariza faz, cada vez mais, um fado muito autêntico e muito próprio, sendo considerada o expoente do fado experimental. Representa, além de tudo, um virar de página no Fado.

Ao mesmo tempo que a sua enorme voz, o público era chamado à atenção por outra coisa: a sua imagem. O seu criador habitual é João Rôlo, que lhe permitiu uma imagem de alta-costura que impressionou até o público estrangeiro. Na sua imagem sobressai ainda mais a cor platinada do seu cabelo "à la garçonne". Esta imagem gerou várias críticas do puristas, cujos argumentos colocavam a imagem da fadista longe da imagem que (para eles) o fado deveria ter. Quando lhe colocaram esta questão Mariza referiu que "não foi nada programado."


Outra crítica que lhe foi apontada foi o excesso de temas originalmente interpretados por Amália Rodrigues. A esta Mariza respondeu:
"Se aparecesse um americano a cantar Frank Sinatra era fantástico. Aparece uma fadista a cantar Amália e é muito mau. Será que mais ninguém pode cantar aquilo? Não conheço nenhuma fadista que não cante, pelo menos, um tema da Amália."

"Ainda hoje não entendo porque sou tão apaixonada por esse poema e por esse fado."
- Mariza
Fonte:Wikipédia - Site Oficial - Minha opnião
O povo de Portugal deve é sentir orgulho desta maravilhosa cantora, pois, se ela fosse uma "princesa do Samba", os brasileiros estariam orgulhosos. Acontece que o Samba é mundialmente apreciado, desde os primórdios, o Fado alcançou tal façanha com Amália Rodrigues, depois não teve o mesmo êxito. Agora, a cantora Mariza eleva o Fado ao nível mundial. Não é para fazer comparações, quem é a melhor, Amália ou Mariza? Isto é hipocrisía! Não seria a palta "Fado e sim um "Fardo". Aqui no Brasil tivemos e temos espetaculares cantoras que em per si não haviam disputa, quem gerava e gera tais confusões é um público dividido que individualiza sua predileção e não aceita de outrém.
Obrigado por vossa visita, participe e siga este cantinho da música, dê a tua opnião, tua presença é uma honra. Um abraço e até mais...



Mariza - Estranha Forma de Vida - concert in honor of Amalia Rodrigues




Gente da minha terra - Mariza





Mariza - Barco Negro





Mariza - Rosa Branca





Mariza - Primavera





Daniela Mercury & Mariza - Rock in Rio - Lisbon 2004





Mariza & Gilberto Gil performing 'A Paz' in Aveiro 06/07/07


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