terça-feira, 9 de junho de 2009
Leila Pinheiro
Bela , charmosa e de uma rara carísma, no universo musical, Leila Pinheiro é uma cantora que encanta! Nos seus shows ou ouvindo ela cantar, quando o espetáculo termina, dá vontade de ouvir sua voz mais e mais... esta extraordinária cantora é digna de muitos e muitos "Bis"...ô orgulho em ser brasileiro!
Leila Toscano Pinheiro (Belém do Pará, 16 de outubro de 1960) é uma cantora, compositora e pianista brasileira.
Filha do gaitista Altino Pinheiro, iniciou-se no estudo de piano aos dez anos, no Instituto de Iniciação Musical. Em 1974, Leila desiste das aulas teóricas de música e passa a estudar piano com um conterrâneo, Guilherme Coutinho, músico de talento e presença importante no cenário musical de Belém.
Em 1980, ela abandona no segundo ano, o curso de medicina e em outubro, estréia o primeiro espetáculo, Sinal de Partida (realizado no Theatro da Paz, em Belém), onde estreou como cantora profissional. Em 1981, muda-se para o Rio de Janeiro onde gravou o primeiro LP, o independente Leila Pinheiro, produzido por Raimundo Bittencourt. Excursionou com o Zimbo Trio em 1984, realizando uma série de espetáculos pelo exterior, mas o sucesso veio na verdade quando ganhou o prêmio de cantora-revelação no Festival dos Festivais (TV Globo, 1985), onde interpretou a canção Verde, que foi classificada em terceiro lugar consecutivo e é o primeiro sucesso radiofônico.
A convite do então diretor artístico Roberto Menescal, Leila assinou contrato com a gravadora Polygram (atualmente Universal Music). O disco que marca a estréia nessa gravadora é Olho Nu, que lhe garantiu o prêmio de melhor intérprete no Festival Mundial Yamaha. O álbum, muito elogiado pela crítica especializada, obteve vendagem significativa. No ano seguinte, recebe da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) o Troféu Villa-Lobos, como revelação feminina.
Colecionando muitos prêmios, a partir daí prosseguiu com mais dois discos: Alma e principalmente Bênção Bossa Nova. Este último foi lançado em comemoração aos trinta anos de bossa nova no Brasil. Produzido por Roberto Menescal para o mercado japonês, o disco vendeu duzentas mil cópias - marca jamais atingida por um disco deste gênero de música até então. A partir daí Leila passou a ser conhecida como cantora de bossa nova, rótulo este que seria reforçado com o lançamento do disco Isso é Bossa Nova (1994), que marcou a estréia na gravadora EMI e foi o último a ter versão em vinil. Nesta gravadora, também lançou Catavento e Girassol, um tributo aos cantores e compositores Guinga e Aldir Blanc, Na Ponta da Língua (1998), que trouxe canções inéditas de compositores novatos e Reencontro (2000), um tributo aos cantores e compositores Ivan Lins e Gonzaguinha.
No final dos anos 90 fez espetáculos com o parceiro e amigo Ivan Lins nos Estados Unidos e ainda um tributo a Tom Jobim realizado na casa de espetáculos nova-iorquina Carnegie Hall. Também participou de outros projetos especiais, tais como Tributo a Tom Jobim (Som Livre) e Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime. Em 1998 participou do Festival Brazilfest, ao lado de Bebel Gilberto, Patricia Marx, Carol Saboya e do grupo de câmara Quinteto d'Ellas, projeto que foi idealizado na concha acústica de uma casa de espetáculos nova-iorquina, Damrosch Park, Lincon Center de Nova Iorque (EUA).
Em 2001 retornou à antiga gravadora, pela qual lançou o CD Mais coisas do Brasil, o primeiro ao vivo da carreira, também rendeu o primeiro DVD. O repertório trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas. Transferiu-se para a independente Biscoito Fino em 2004, onde gravou o CD Nos horizontes do mundo (2005), cujo título provisório era Hoje - que deu título ao álbum lançado por Gal Costa. O sucesso do álbum acabou por gerar o espetáculo homônimo, de onde veio o trabalho mais recente da carreira: Nos horizontes do mundo - ao vivo. Entre os méritos este conta ser o segundo disco ao vivo e DVD da cantora, após Mais coisas do Brasil.
Em sua versão em CD, Outras Caras trouxe uma música a mais: a colagem de Bom dia Belém - espécie de hino da capital paraense - com Vós sois o lírio mimoso. Isso também aconteceu com o álbum subseqüente, Coisas do Brasil, que trouxe Monte Castelo, que não entrou no LP original por problemas de espaço.
Leila despertou esta geração á retornar a ouvir as ótimas canções que muitos desviaram-se por "jabas", com talênto, eloquência e uma voz suave e marcante,demontra a diferênça entre qualidade e quantidade. VIVA! Leila Pinheiro.
* "Feliz" ( Gonzaguinha )
Para quem bem viveu o amor
Duas vidas que abrem
Não acabam com a luz
São pequenas estrelas que correm no céu
Trajetórias opostas
Sem jamais deixar de se olhar
É um carinho guardado
No cofre de um coração que voou
É um afeto deixado nas veias
De um coração que ficou
É a certeza da eterna presença
Da vida que foi, na vida que vai
É saudade da boa, feliz cantar
Que foi, foi, foi
Foi bom e pra sempre será
Mais, mais, mais
Maravilhosamente amar
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