sábado, 28 de fevereiro de 2009

♫ Jorge Ben Jor ♫


Biografia Jorge Ben Jor


Seu estilo musical característico inclui o samba, funk, rock, pop, maracatu, bossa nova, rap e samba rock com letras que misturam humor e sátira. Inclui muitas vezes temas esotéricos nas suas canções.
Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben-Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro.

A música de Jorge Ben tem uma importância única na música brasileira por incorporar elementos novos no suíngue e na maneira de tocar violão, trazendo muito do rock, soul e funk norte-americanos e ainda com influências árabes e africanas, que vieram através de sua mãe, nascida na Etiópia.

Suas levadas vocais e instrumentais influenciaram muito o sambalanço e fizeram escola, arregimentando uma legião não só de admiradores como também de imitadores. Foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações, como Mundo Livre S/A (em "Samba Esquema Noise") e Belô Velloso ("Amante Amado").

Carioca de Madureira, mas criado no Catumbi, Jorge Ben queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança. Ganhou seu primeiro pandeiro aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no coro de igreja. Também participava como tocador de pandeiro em blocos de carnaval. Aos dezoito, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates, tocando bossa nova e rock'n'roll. é conhecido até conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que
Tim Maia tinha pelo mesmo motivo).Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a música brasileira estava dividida entre a Jovem Guarda e o samba tradicional, de letras engajadas. Ao passar a ter interesse pela música, o artista vivenciou uma época na qual a bossa nova predominava no mundo. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por João Gilberto, mas desde o início foi bastante inovador.

No início da anos 60 apresentou-se no "Beco das Garrafas", que se tornou um dos redutos da bossa nova. Em 1963, ele subiu no palco e cantou "Mas Que Nada" para uma pequena platéia, que incluía um executivo da gravadora Philips. Dois meses depois, era lançado o primeiro compacto de Jorge Ben, que inclui ainda "Por Causa de Você, Menina". No mesmo ano lançou o primeiro LP, "Samba Esquema Novo", acompanhado pelo conjunto de samba jazz Meireles e os Copa Cinco.

"Mas que Nada" foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos Estados Unidos até hoje, na versão do pianista brasileiro Sérgio Mendes com o grupo de rap norte-americano Black Eyed Peas. E também foi uma das poucas a obterem êxito neste país (como "Garota de Ipanema"), tendo ainda sido regravada por artistas como Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Al Jarreau, Herb Alpert, José Feliciano e Trini Lopez. Outras composições como "Zazueira" e "Nena Naná" fizeram relativo sucesso no país.

Em 1968, Jorge Ben quando foi convidado para o programa "Divino, Maravilhoso" que Caetano Veloso e Gilberto Gil faziam na Tupi. Ele também participou d"O Fino da Bossa" (comandado por Elis Regina) e do "Jovem Guarda" (de Roberto Carlos). Nesta época, Jorge Ben obteve enorme sucesso com "Cadê Tereza", "País Tropical", "Que Pena" e "Que Maravilha", além de concorrer com "Charles, Anjo 45" no festival Internacional da Canção, da TV Globo, em 1969.

Na década de 1970, venceria este festival com "Fio Maravilha", interpretado por Maria Alcina. "País Tropical" também teve êxito, na voz de
Wilson Simonal. Ainda nos anos 70, Jorge Ben lançou álbuns mais esotéricos e experimentais, como "A Tábua de Esmeralda" (1974), "Solta O Pavão" (1975) e "África Brasil" (1976). Embora não obtivessem sucesso comercial, estes álbuns são considerados clássicos da música brasileira.

Na década seguinte, Jorge Ben dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em 1989,
ele mudou o nome artístico de "Jorge Ben" para "Jorge Benjor", logo depois alterado para "Jorge Ben-Jor". Na época, foi dito que a mudança teria sido provocada pela numerologia, mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o músico americano George Benson - Jorge Ben estava começando a se tornar muito conhecido nos Estados Unidos na época.

Nesta nova fase, sua música tornou-se mais pop, ainda que com estilo suingue. Sua música "W/Brasil (Chama o Síndico
)", lançada em 1990, estourou nas pistas de dança em 1991 e 1992, tornando-se uma verdadeira febre na época. A canção é também uma homenagem ao cantor Tim Maia. Além disso, foi realizada devido a um pedido pessoal do Sr. Washington Oliveto, proprietário da W/Brasil, que o pediu para criar uma música sobre a agência.

Em 2004, Jorge Ben Jor lançou "Reactivus Amor Est - Turba Philosophorum", primeiro álbum com canções inéditas desde 1995. Ainda na ativa, seus shows costumam durar cerca de três horas, para platéias formadas principalmente por jovens.


II-


Vida e Obra de Jorge Ben Jor

Sem bula explicativa e sem contra-indicações, assim é a obra de Jorge Ben Jor. Ele se interessou pela música quando a bossa nova ainda dominava o cenário artístico brasileiro e mundial. Como a maioria dos adolescentes daqueles tempos, seu ídolo era João Gilberto, cuja voz coloquial despertava sua admiração. Mas Jorge Menezes, conhecido no mundo inteiro como Jorge Ben Jor passou a infância ouvindo Luiz Gonzaga e Ataulfo Alves. Em casa seus pais falavam de um certo Nelson Gonçalves que era crooner da orquestra de Severino Araújo. Ainda desta época lembra uma voz em especial, Cauby Peixoto que um dia, décadas depois, viria a gravar uma de suas canções, Dona Culpa Ficou Solteira.

Jorge Ben Jor explodiu com a música Mas Que Nada e logo em seguida ratificou seu talento com outro grande sucesso, Chove Chuva. Duas canções que nada tinham a ver com a bossa nova, nem com o samba tradicional. Os puristas achavam que sua música era moderna demais. Era difícil para os músicos da época acompanhá-lo, tanto assim que seus primeiros discos foram gravados com um conjunto que tocava jazz no Beco das Garrafas, o Meireles e os Copa 5.

Assim desde o início de sua carreira Ben Jor mostrou-se inovador. Como compositor, cantor, músico, bandleader e arranjador Ben Jor é único. É impossível classificar sua música e seu balanço, que são inconfundíveis. Mas “esse samba que é misto de maracatu”, marca registrada de Jorge Ben Jor, encontrou espaço no mundo todo e tornou-se sucesso universal. Ele é a única unanimidade brasileira. Respeitado e acolhido com respeito, por todos os artistas, em todos os movimentos musicais, desde o pós-bossa nova até nossos dias. Artistas remanescentes da bossa nova, como o Tamba Trio, Pery Ribeiro e Walter Wanderley gravaram Mas Que Nada e outras composições suas. Mas Que Nada foi a única música em português a alcançar o primeiro lugar entre as músicas mais tocadas nos Estados Unidos em todos os tempos.

Na época do início da MPB, Jorge transitava como intérprete, pelos programas Fino da Bossa, comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues, Jovem Guarda, de Roberto Carlos e O Pequeno Mundo, de Ronnie Von. Eram terrivelmente antagônicos. Um artista que participava de um desses programas, imediatamente era proibido de cantar nos outros. A única exceção sempre foi Jorge Ben Jor. E quando a tropicália aconteceu como o mais inovador movimento artístico musical de nosso país, qual foi o único artista já consagrado que foi convidado e participou dos acontecimento? Ele, é claro, Jorge Ben Jor, presença obrigatória também no programa de televisão Divino Maravilhoso, apresentado pelos baianos Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa e dirigido por Fernando Faro e Antonio Abujamra.

Da mesma forma e desde o final dos anos 60 até hoje, Jorge é o único compositor a ser gravado por artistas de todas as correntes musicais. Mas Que Nada está registrada nas vozes de Ella Fitzgerald, Dizzie Gilespie, Julio Iglesias, Al Jarreau, Trini Lopez, José Feliciano, Fred Bongusto, Mina, Nicoletta, Los Hermanos Castro e em centenas de outras gravações de cantores e grupos musicais de dezenas de países do mundo.

Quando a MPB eclodiu como movimento de união da elite musical brasileira, Eli Regina imortalizou Zazueira. É dela também uma ótima gravação de Se Segura Malandro. Jair Rodrigues gravou Papa Gira . Elza Soares, Paulinho Nogueira, Maria Creuza e Tania Maria gravaram Mas Que Nada. Na mesma época um jovem cantor chamado Wilson Simonal despontou para o êxito em todas rádios com o supersucesso País Tropical, exaltando a alegria e o prazer de ser brasileiro. Esta música acaba de ser regravada, quase trinta anos depois, por Ivan Lins.

Ainda nestes anos de grande efervescência artística, um conjunto da chamada Jovem Guarda, Os Incríveis, gravou Vendedor de Bananas, um sucesso espetacular, que veio se repetir quase vinte anos depois, numa maravilhosa interpretação de Ney Matogrosso. Erasmo Carlos, parceiro de Roberto Carlos, também compôs com Jorge, naquela época, e gravou uma composição de ambos, Menina Gata Augusta. Nascia no programa de Ronnie Von um trio chamado Os Mutantes que despontou para a fama com a música Minha Menina.

Aí foi Gal Costa que começou a gravar as músicas de Jorge. Que Pena, um dos principais hits de toda sua carreira, elevou-a ao primeiro time das cantoras brasileiras de todos os tempos. Também integrante deste time, Maria Bethânia gravou Mano Caetano.

Cronologicamente, um pouco depois, veio a black music. Com os Diagonais, Cassiano, Fábio, Banda Black Rio e o rei da soul music, Tim Maia, os shows e bailes, que faziam a alegria da periferia do Rio de Janeiro, tornaram-se populares em quase todo o país. E que artista foram chamar para se tornar o papa do movimento? Ele, amigo de adolescência de Tim. E assim, durante os anos seguintes, Jorge Ben Jor lotou os salões da moçada que curtia este gênero. Eram famosas as festas anuais do Chic Show, que lotavam ginásios de esportes e que obrigatoriamente tinham a sua presença.

Claudete Soares fez sucesso regravando Que Maravilha, que antes havia sido apresentada em disco por Jorge e Toquinho, seus autores, numa gravação antológica e inesquecível. Quem viu, não esqueceu Maria Alcina levantando o Maracanazinho com Fio Maravilha. O samba de São Paulo tornou-se mais popular quando Cadê Teresa, gravada pelos Originais do Samba, também foi um grande sucesso.

Durante os anos 80, ele desfilou seu talento para as platéias européias e asiáticas, em festivais de jazz e de world music, conquistando mercados onde, por imposição de contratantes, é obrigado a realizar pelo menos uma grande tournê anual. Moraes Moreira regravou Chove Chuva. Zé Ramalho, Eram os Deuses Astronautas e Leila Pinheiro, Por Causa de Você Menina. Outras regravações importantes foram Que Pena, com Oscar D’León e Elba Ramalho, e Zazueira com Herp Albert & Tijuana Brass.

E em meados dos anos 90 ele homenageou Tim Maia, “o síndico”, com o megasucesso WBrasil. Foi o retorno triunfal de Ben Jor às paradas de sucesso. Novos fãs, outra geração vibrou com o ritmo alucinante e dançante da Banda do Zé Pretinho, que acompanha Jorge desde o início de sua carreira.

Fernanda Abreu gravou Jorge de Capadócia, Sandra de Sá incluiu Charlie Anjo 45, em um de seus discos. O funk carioca ficou mais rico utilizando as composições de Jorge. Peça as opiniões de Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Jorge Aragão sobre Ben Jor. É incrível o respeito, e é mútuo. Jorge Ben Jor também nutre uma profunda admiração por estes artistas. Leci Brandão, que faz parte desta ilustre galeria de sambistas, gravou Um Poeta Amigo Meu.

Notável também é a influência que, indiscutivelmente, Ben Jor exerceu sobre dezenas de grupos de pagode. Leandro Leart convidou-o para participar do especial MTV do Art Popular e do disco que nasceu deste show. O mesmo aconteceu com o Só Pra Contrariar e Jorge teve uma importante participação num dos álbuns do conjunto mineiro, tocando e cantando. A música da Bahia também rendeu homenagens a Jorge. Carlinhos Brown é seu admirador. Daniela Mercury gravou País Tropical e Ivete Sangalo fez um dueto sensacional com ele em Por causa de Você Menina. As músicas dele sempre estão em cima dos trios elétricos.

A música de Pernambuco prestou sua homenagem a Ben Jor quando o conjunto Mundo Livre SA gravou uma música até então inédita chamada Mexe Mexe. O Forróçacana gravou Menina, Mulher da Pele Preta e seu sucesso no Rio de Janeiro mostrou que em Jorge Ben Jor está a fórmula para o êxito também do forró.

O rock, o pop e o reggae também usufruiram de suas criações. Os Paralamas regravaram Charlie Anjo 45, o Skank incluiu Cadê o Penalty e Cuidado com o Buldogue, em seu repertório, Lulu Santos gravou Minha Estrela do Oriente e o Cidade Negra trouxe-nos sua leitura de O Homem da Gravata Colorida. E o Sepultura gravou um de seus maiores sucessos que foi Ponta de Lança Africana (Ubabaraúma).

O pessoal do rap não é exceção: Thaíde & DJ 1 gravaram Ive Brussel e Mano Brown, fã confesso do “home”, gravou com seu grupo Racionais MCs, a música Jorge de Capadócia.

Os novos artistas brasileiros, já consagrados como Marisa Monte, que gravou Cinco Minutos, ou Ana Carolina (que em 2000 se apresentou ao lado de Jorge em Paris), Simoninha (gravou Bebete Vamos Embora), Luciana Rodrigues (Take It Easy, My Brother Charlie), Max de Castro, Pedro Mariano, Chico Cesar encantam-se quando encontram Jorge e demonstram abertamente sua admiração.

Os sertanejos Chitãozinho & Xororó, Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano fizeram, em 1999, uma singela homenagem a Jorge, no programa Amigos, quando mostraram conhecer bastante o repertório de Ben Jor, cantando várias músicas com ele. Jorge Ben Jor não para. Na Europa suas atuais tours duram no mínimo quarenta dias cada uma. Ele apresenta-se em dezenas de shows, em quase todos os países do velho mundo.

Desde 2000 seus shows nos Estados Unidos, onde realiza regularmente apresentações, vêm conquistando uma grande parcela do público americano. Seus discos continuam sendo relançados em inúmeras coleções, em todo o mundo e agora, que ele aceitou uma das muitas ofertas que tinha para gravar, e assinou contrato com a Universal, em breve teremos um novo álbum, com músicas inéditas. A unanimidade Jorge Ben Jor é sempre bem vinda e aguardada.


Fonte:Jorge Ben Jor - site oficial



Jorge Ben canta "Domingas" - 1970 - Acompanhamento do grupo "Os Originais do Samba"





Jorge Ben Live 1972





Jorge Ben & Tim Maia 1981





Jorge Ben Jor & Ivete Sangalo





Fio Maravilha - Ben Jor e Gilberto Gil





Pais tropical - Spyro gyro






Jorge Ben Jor - Mas que nada


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