Biografia João Bosco
13 de julho de 1946 nasce João Bosco de Freitas Mucci, na cidade de Ponte Nova - MG. É o sexto filho do casal D. Lilá e Sr. Daniel.
Aos 4 anos de idade começa a sua vida artística cantando músicas nas missas de sua paróquia.
Aos 12 anos ganha um violão verde e forma seu primeiro conjunto de rock: o “X-GARE”.
Em 1962, muda-se para Ouro Preto, onde faz o científico e ingressa na escola técnica de mineralogia.
Em 1967, ingressa no curso de engenharia na UFOP, forma-se como engenheiro civil em 1972.
Em 1967, conhece o poeta Vinicius de Morais e foi honrado com sua parceria em algumas canções.
Em 1970, conhece o poeta Aldir Blanc e tornam-se parceiros em mais de uma centena de músicas.
Em 1972, grava o disco de bolso, projeto do jornal "O Pasquim", sob a supervisão de Ziraldo e do compositor Sérgio Ricardo. De um lado, um "tal" de joão Bosco, um jovem compositor, e do outro lado, o grande maestro Tom Jobim.
Em 1972, conhece a cantora Elis Regina que grava "Bala com Bala", parceria da dupla Bosco / Blanc.
Em 1973, muda-se para o Rio de Janeiro e grava seu primeiro LP pela RCA Victor. Sua vida artística deslancha.
Em 1974, intensifica a parceria com Aldir Blanc no Rio de Janeiro, e Elis Regina grava no disco "Elis" três novas músicas da dupla: "O Mestre Sala dos Mares", "Dois pra Lá e Dois pra Cá" e "Caça à Raposa", que daria título ao segundo disco do João Bosco. O samba enredo "O Mestre Sala dos Mares", em parceria com Aldir Blanc, foi feito em homenagem ao marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibata em 1910, mais conhecido como "Almirante Negro" mas devido à censura da época, aparece na letra da música como "navegante negro". Demais outros cortes foram feitos na canção.
Em 1975, grava o segundo disco: "Caça à Raposa", pela RCA Victor, com letras de ALdir Blanc, incluindo sucessos como "Dois pra Lá e Dois pra Cá", "De frente pro Crime", "kid Cavaquinho", "O Mestre Sala dos Mares"; o sucesso chega para a dupla, de forma definitiva. Ainda nesse ano, junto com outros artistas, são expulsos da SICAM (Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais) na luta pelos direitos autorais.
Em 1976, lança o disco "Galos de Briga", pela RCA Victor com letras de Aldir Blanc, entre outros sucessos "O Ronco da Cuíca", "Transversal do Tempo" que deu título ao disco - Show de Elis Regina. No disco participações de Angela Maria em "Miss Suéter", Toots Thielmans em "Transversal do Tempo", Hildo Hora, o produtor dos discos de João Bosco na RCA Victor. Inaugura um dos mais bem sucedidos projetos de divulgação musical idealizado por Albino Pinheiro o "Seis e Meia", no teatro João Caetano do Rio de Janeiro. No final de 1976, João Bosco e Aldir Blanc recusam o prêmio "Golfinho de Ouro", em favor do compositor Cartola.
Recebem o troféu de "Compositores do Ano", prêmio concedido pela Associação Brasileira dos Produtores de Disco.
Em 1977, grava "Tiro de Misericórdia" pela RCA Victor, com destaque para a faixa título "Falso Brilhante" que também daria nome a outro disco - Show de Elis Regina.
Em 1978, faz turnê pelo país, para lançamento do disco "Tiro de Misericórdia".
Em 1979, lança mais um disco pela RCA Victor "Linha de Passe", em parceria com Aldir Blanc e o saudoso poeta e compositor Paulo Emílio. Destaca-se "O Bêbado e a Equilibrista" clássico da MPB, conhecida como hino da anistia política, gravado por Elis Regina e escolhida entre as 14 canções brasileiras do século, cujo resultado foi anunciado pela ABL.
Em 1980, João Bosco grava "Bandalhismo", pela gravadora RCA Victor.
Em 1981, lança o disco "Essa é a Sua Vida", pela RCA Victor, último nessa gravadora.
Em 1982, grava o disco "Comissão de Frente", o único pela Ariola, sucessos como "Nação" gravada também por Clara Nunes, "A Nível de..." e "Siameses" com participação especial de Nana Caymmi. Lança 100ª Apresentação, quando completa a centésima apresentação do Show em diversos teatros, com muito sucesso. O disco é gravado ao vivo.
Em 1983, João Bosco faz sua primeira apresentação internacional, no 17º festival de Montreux "Brazil Night". A apresentação foi registrada em disco pela gravadora "Barclay", que contou ainda com a participação de Caetano Veloso e Ney Matogrosso. Recebeu críticas entusiasmadas dos jornais Le Monde e do Liberation, pela sua grande atuação.
Em 1984, lança disco "Gagabirô" pela gravadora "Barclay", começando a compor sozinho e com outras parcerias; o trabalho se torna mais consciente e representante da mestiçagem brasileira. Destaca-se o sucesso "Papel Machê" em parceria com Capinam. Recebe o prêmio de melhor música "Prêt-a-Porter de Tafetá" incluída no disco "Gagabirô".
Em 1985, faz turnê pelo Brasil e Europa.
Em 1986, lança o disco "Cabeça de Nêgo" em selo Barclay, dando continuidade a uma nova fase, iniciada com o disco "Gagabirô" - as palavras imitam cada vez mais os sons: as letras associadas à sonoridade da música, numa linguagem percussiva, visão ampla da negritude. A busca constante no processo de criação o leva a novos experimentalismos estético-musicais.
Em 1987, lança o disco "Ai Ai Ai de Mim", seu primeiro trabalho pela CBS, produzido pelo pianista Ronnie Foster, com Harvey Mason na bateria e David Sambord no sax. João Bosco consolida a carreira internacional, iniciada em 1983.
Em 1988, participa do disco "Festival", do guitarrista Lee Ritenour.
Em 1989, grava novo disco "Bosco" pelo CBS. Com exceção do clássico "Corsário" em parceria com Aldir Blanc, "El Manisero" de Moisés Limons, com adaptação de João Bosco, como "Vendendo Amendoim com El Manisero" e "Então Que Quereis" poema de Maiakóvski, as demais letras e músicas do disco são de autoria de João Bosco. Faz temporada no Rio de Janeiro (Canecão) e em São Paulo. Participa novamente do festival de Montreux. Faz turnê pela Europa.
Em 1990, shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa.
Em 1991, lança o disco "Zona de Fronteira", pela Sony Music, em parceria com os poetas Wally Salomão e Antônio Cícero. O disco rompe fronteiras, marca a aparição de um trio forte na música popular, artistas de formação diversa, sólida, com identidade definida. "Zona de Fronteira" é um território que convida à exploração e João, mais uma vez, atravessa os limites harmônicos e mantém a unidade do disco "cruzando ritmos e culturas".
Em 1992, lança "João Bosco Acústico MTV", pela Sony Music. Tamanha sonoridade produz resultados imprevisíveis após juntar ingredientes ritmicos e díspares como Eleanor Rigby de Lennon e MacCartney e a antológica "Fita Amarela" de Noel Rosa; faz uma retrospectiva em sua obra, recriando-as. Faz shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa. Fez novamente apresentações no Canecão e no Olímpia.
Em 1993, participa do "Festival de Jazz de Montpellier" e durante o ano realiza uma grande turnê de apresentações.
Em 1994, grava "Na Onda Que Balança" pela Sony Music, nos estúdios do Rio de Janeiro e Los Angeles; parcerias com Abel Silva "Por Um Sorriso", Belchior "Momentos Roubados", Cacaso (poeta já falecido) "Liberdade", homenageia o escritor Guimarães Rosa com a música "Rosamundo"; as demais composições do disco levam assinatura de João Bosco. Viaja em turnê pela Europa, fazendo 31 shows. É convidado para participar do festival "All Blues" em Zurique, na Alemanha, dividindo o palco com o saxofonista americano Joe Henderson.
Em 1995, sai o CD "Dá licença meu Senhor", pela Sony Music, atua como intérprete, recria catorze canções de diversos autores, de diferente épocas, como Heitor Villa Lobos, Noel Rosa, Ary Barroso, com exceção da música "Pagodespell", em parceria com Oswald de Andrade, Caetano Veloso e Chico Buarque de Holanda (inédita). Apresenta-se em Lisboa, acompanhado do percussionista Paulinho da Costa, do pianista (e arranjador de vários discos do João Bosco) César Camargo Mariano, do saxofonista Paulo Moura e John Patitucci, baixista. É convidado pela "Tower Records" para autografar o CD "Dá licença meu Senhor". Realiza o show de abertura do Heineken Concerts", convidando para o espetáculo, o baixista John Patitucci, o percussionista Paulo da Costa, o saxofonista Paulo Moura, o pianista César Camargo Mariano, além dos músicos da sua banda nessa fase: Victor Biglione, Jamil Jones e Armando Maçal. As apresentações aconteceram em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1996, se apresenta no festival de Bordeaux, como também da "30ª Edição do Festival de Montreux" "Noite Brasileira". E, junto com os demais artistas brasileiros que participaram do festival, presta homenagem à Elis Regina, cantando "O Bêbado e o Equilibrista". É homenageado pela Prefeitura de Belo Horizonte "Sucesso Mineiro", recebendo o troféu, juntamente com outros artistas de diversas áreas.
Em 1997, grava o CD "As Mil e Uma Aldeias", pela Sony Music, iniciando nova parceria com o filho, o poeta e ensaista Francisco Bosco, que lançava logo depois, o segundo livro de poesia "Atrás da Porta". O disco, com forte inspiração do universo árabe, cria uma profusão de rítmos e João Bosco acerta na escolha do novo parceiro, que se harmoniza totalmente com sua criatividade musical.
Em 1998, é o autor da trilha sonora criada para o novo espetáculo da Companhia de Dança Grupo Corpo - "Benguelê", trabalhando na elaboração da música com Paulo Perdeneiras e o coreógrafo Rodrigo Perdeneiras. A trilha do espetáculo foi registrada no CD "Benguelê". O grupo corpo apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em seguida em vários países. Benguelê é "uma forma de viagem", "mistura sons espanhóis (acentuadamente o flamenco) árabes e africanos". O espetáculo foi apresentado também em São Paulo no SESC Pompéia em agosto; março, no Canecão no Rio de Janeiro; em setembro, no Teatro João Caetano. Participa do JVC Jazz Festival em Nova Iorque, batizado de "Brazilian Jazz Ensemble" junto a outros artistas como Leny Andrade, Toninho Horta e Egberto Gismonte. No palco do Alvery Fisher Hall. No teatro Rival, recebe o troféu "Eletrobrás da MPB".
Em 1999, faz temporada no Teatro Rival (Rio de Janeiro) e inaugura a "Lona Cultural João Bosco" com um show. É um empreendimento realizado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em homenagem ao compositor e tem suas instalações no Bairro Vista Alegre.
Em 2000, grava o 20º disco "Na Esquina", pela Sony Music, consolida a parceria com o filho, o poeta Francisco Bosco, dando sequência à profícua parceria, iniciada em "As mil e Uma Aldeias"; O CD tem arranjos de Jaques Morelembaun, e investe fundo em pesquisas de ritmos "numa indissociável ligação com música negra, seja de origem afro-americana, afro-cubana, ou afro-brasileira". O CD traz nove músicas em parceria com Francisco Bosco e três versões de clássicos como "Fools Rush IN " de J. Mercer e Rube Bloom, "Siboney" de Lecuona, e "True Love" de Cole Porter. com versões de Francisco Bosco.
Em 2001, grava CD duplo ao vivo, com repertório integral do show "Na Esquina Ao Vivo". Faz shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa e USA. Faz turnê pela Europa com o pianista cubano Gonzalo Rubalcaba. Recebe uma grande homenagem - para dançar na Gafieira Estudantiva, terá que subir a "Escadaria Cantor e Compositor João Bosco".
Em 2002, recebe o título "Cidadão de Ouro Preto", concedido pela Câmera de Vereadores da cidade.
Em 2003, grava o CD "Malabaristas do Sinal Vermelho", pela Sony Music. O Disco marca trinta anos de carreira, num projeto autoral com 11 faixas inéditas, além da regravação de "Andar com Fé" de Gilberto Gil. Todas as faixas foram compostas por João Bosco e Francisco Bosco, exceto "Eu Não Sei Seu Nome Inteiro" por João, João Donato e Francisco Bosco, "Terreiro de Jesus" por João, Edie Pacheco e Francisco Bosco. O violão insuperável, a busca permanente de novas sonoridades e ritmos, junto à qualidade poética de Francisco Bosco, fazem do CD um clássico da MPB. "Malabaristas do Sinal Vermelho" foi escolhido entre "Os melhores de 2003 na música" pela crítica. Ainda no ano, ocorreu o lançamento do "Song Book João Bosco", pela Lumiar, idealizado e produzido por Amir Chediak (já falecido). O livro traz as músicas cifradas (para guitarra e violão) um vasto material fotográfico, biografia elaborada por Zuza Homem de Melo, uma entrevista de Almir Chediak com João Bosco. São três volumes com um total de 123 canções, interpretadas por artistas de diferentes gerações. O lançamento se deu no teatro Rival do Rio de Janeiro.
Em 2004, João Bosco e Aldir Blanc recebem o prêmio "Shell de Música 2004", em sua 24ª edição, no teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Faz shows pelo país, shows nos EUA e turnê pela Europa.
Em 2005, é homenageado pela Banda da Escola de Música da Rocinha, com o lançamento do CD "BanDaCapo canta João Bosco".
Em 2006, lança CD e DVD "Obrigado gente" ao vivo no Auditório Ibirapuera em São Paulo, pela Universal. É um trabalho retrospectivo, em que faz releitura instrumental das canções incluídas, como registro da atual fase em que vive o compositor. Artistas da MPB como Djavan, Guinga, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda participaram como convidados na gravação do CD. Participa da 17ª noite do "Festival Enjoy Jazz" em Ludwigshafen, na Alemanha, ao lado do pianista cubano Gonzalo Rubalcaba. Faz shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa, além de shows nos EUA.
Em 2007, é convidado a participar de dez concertos no Brasil, em parceria com a NDR Big Band, da Alemanha, iniciando a turnê no teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 2008, participa da "Bossa Brasil Pictures Festival 2008" no Birdland em Nova Iorque. É convidado a participar da abertura da nova temporada da Orquestra Jazz Sinfônica no parque Ibirapuera em São Paulo. É uma das atrações na festividade de comemoração pelos 19 anos da fundação do "Memorial da América Latina", na Barra Funda em São Paulo. Participou da inauguração - inclusive cortando a fita simbólica -da mais nova casa de música de São Paulo "Esquina da MPB- Bar Brahma". Apresenta-se pelo projeto dos 200 anos do Banco do Brasil, o CCBB (Centros culturais Banco do Brasil) de Salvador, Cuiabá, Brasília, Rio de Janeiro, São PAulo. Faz shows nas demais regiões brasileiras. Participa da noite brasileira de Montreux ao lado de Milton Nascimento e da Família Jobim em julho. Em agosto, viaja para Hamburgo onde grava o cd com sua obra junto da orquestra NDR BIG BAND.
"Não vou me ater à nossa convivência cercada de ótimos momentos, pois seria assunto para um livro. Quero fazer uma análise, isenta, do artista. E digo simplesmente, que se trata de um fenômeno. Sua melodia, seu ritmo, sua harmonia, seu censo de arranjo, ultrapassam os níveis aceitáveis pelos mestres. Seu violão é eletrizante, e suas levadas antológicas por descreverem o ritmo brasileiro "nunca dantes navegados", comprovando a diversidade de nossa rítmica de maneira rica e surpreendente. Sua voz alinhava todo esse universo sonoro com modesta intervenção, dando chance para que os versos ecoem com a mensagem pretendida. Na forma final, ao juntar todos estes valores num palco, é a explosão de um verdadeiro gênio musical da raça. É o Brasil se mostrando forte, ancorado em suas verdadeiras origens, ostensiva e orgulhosamente assumido. Ao ouvi-lo, da gosto de ser brasileiro."
SERGIO RICARDO
Fonte:João Bosco-Site Oficial
13 de julho de 1946 nasce João Bosco de Freitas Mucci, na cidade de Ponte Nova - MG. É o sexto filho do casal D. Lilá e Sr. Daniel.
Aos 4 anos de idade começa a sua vida artística cantando músicas nas missas de sua paróquia.
Aos 12 anos ganha um violão verde e forma seu primeiro conjunto de rock: o “X-GARE”.
Em 1962, muda-se para Ouro Preto, onde faz o científico e ingressa na escola técnica de mineralogia.
Em 1967, ingressa no curso de engenharia na UFOP, forma-se como engenheiro civil em 1972.
Em 1967, conhece o poeta Vinicius de Morais e foi honrado com sua parceria em algumas canções.
Em 1970, conhece o poeta Aldir Blanc e tornam-se parceiros em mais de uma centena de músicas.
Em 1972, grava o disco de bolso, projeto do jornal "O Pasquim", sob a supervisão de Ziraldo e do compositor Sérgio Ricardo. De um lado, um "tal" de joão Bosco, um jovem compositor, e do outro lado, o grande maestro Tom Jobim.
Em 1972, conhece a cantora Elis Regina que grava "Bala com Bala", parceria da dupla Bosco / Blanc.
Em 1973, muda-se para o Rio de Janeiro e grava seu primeiro LP pela RCA Victor. Sua vida artística deslancha.
Em 1974, intensifica a parceria com Aldir Blanc no Rio de Janeiro, e Elis Regina grava no disco "Elis" três novas músicas da dupla: "O Mestre Sala dos Mares", "Dois pra Lá e Dois pra Cá" e "Caça à Raposa", que daria título ao segundo disco do João Bosco. O samba enredo "O Mestre Sala dos Mares", em parceria com Aldir Blanc, foi feito em homenagem ao marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibata em 1910, mais conhecido como "Almirante Negro" mas devido à censura da época, aparece na letra da música como "navegante negro". Demais outros cortes foram feitos na canção.
Em 1975, grava o segundo disco: "Caça à Raposa", pela RCA Victor, com letras de ALdir Blanc, incluindo sucessos como "Dois pra Lá e Dois pra Cá", "De frente pro Crime", "kid Cavaquinho", "O Mestre Sala dos Mares"; o sucesso chega para a dupla, de forma definitiva. Ainda nesse ano, junto com outros artistas, são expulsos da SICAM (Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais) na luta pelos direitos autorais.
Em 1976, lança o disco "Galos de Briga", pela RCA Victor com letras de Aldir Blanc, entre outros sucessos "O Ronco da Cuíca", "Transversal do Tempo" que deu título ao disco - Show de Elis Regina. No disco participações de Angela Maria em "Miss Suéter", Toots Thielmans em "Transversal do Tempo", Hildo Hora, o produtor dos discos de João Bosco na RCA Victor. Inaugura um dos mais bem sucedidos projetos de divulgação musical idealizado por Albino Pinheiro o "Seis e Meia", no teatro João Caetano do Rio de Janeiro. No final de 1976, João Bosco e Aldir Blanc recusam o prêmio "Golfinho de Ouro", em favor do compositor Cartola.
Recebem o troféu de "Compositores do Ano", prêmio concedido pela Associação Brasileira dos Produtores de Disco.
Em 1977, grava "Tiro de Misericórdia" pela RCA Victor, com destaque para a faixa título "Falso Brilhante" que também daria nome a outro disco - Show de Elis Regina.
Em 1978, faz turnê pelo país, para lançamento do disco "Tiro de Misericórdia".
Em 1979, lança mais um disco pela RCA Victor "Linha de Passe", em parceria com Aldir Blanc e o saudoso poeta e compositor Paulo Emílio. Destaca-se "O Bêbado e a Equilibrista" clássico da MPB, conhecida como hino da anistia política, gravado por Elis Regina e escolhida entre as 14 canções brasileiras do século, cujo resultado foi anunciado pela ABL.
Em 1980, João Bosco grava "Bandalhismo", pela gravadora RCA Victor.
Em 1981, lança o disco "Essa é a Sua Vida", pela RCA Victor, último nessa gravadora.
Em 1982, grava o disco "Comissão de Frente", o único pela Ariola, sucessos como "Nação" gravada também por Clara Nunes, "A Nível de..." e "Siameses" com participação especial de Nana Caymmi. Lança 100ª Apresentação, quando completa a centésima apresentação do Show em diversos teatros, com muito sucesso. O disco é gravado ao vivo.
Em 1983, João Bosco faz sua primeira apresentação internacional, no 17º festival de Montreux "Brazil Night". A apresentação foi registrada em disco pela gravadora "Barclay", que contou ainda com a participação de Caetano Veloso e Ney Matogrosso. Recebeu críticas entusiasmadas dos jornais Le Monde e do Liberation, pela sua grande atuação.
Em 1984, lança disco "Gagabirô" pela gravadora "Barclay", começando a compor sozinho e com outras parcerias; o trabalho se torna mais consciente e representante da mestiçagem brasileira. Destaca-se o sucesso "Papel Machê" em parceria com Capinam. Recebe o prêmio de melhor música "Prêt-a-Porter de Tafetá" incluída no disco "Gagabirô".
Em 1985, faz turnê pelo Brasil e Europa.
Em 1986, lança o disco "Cabeça de Nêgo" em selo Barclay, dando continuidade a uma nova fase, iniciada com o disco "Gagabirô" - as palavras imitam cada vez mais os sons: as letras associadas à sonoridade da música, numa linguagem percussiva, visão ampla da negritude. A busca constante no processo de criação o leva a novos experimentalismos estético-musicais.
Em 1987, lança o disco "Ai Ai Ai de Mim", seu primeiro trabalho pela CBS, produzido pelo pianista Ronnie Foster, com Harvey Mason na bateria e David Sambord no sax. João Bosco consolida a carreira internacional, iniciada em 1983.
Em 1988, participa do disco "Festival", do guitarrista Lee Ritenour.
Em 1989, grava novo disco "Bosco" pelo CBS. Com exceção do clássico "Corsário" em parceria com Aldir Blanc, "El Manisero" de Moisés Limons, com adaptação de João Bosco, como "Vendendo Amendoim com El Manisero" e "Então Que Quereis" poema de Maiakóvski, as demais letras e músicas do disco são de autoria de João Bosco. Faz temporada no Rio de Janeiro (Canecão) e em São Paulo. Participa novamente do festival de Montreux. Faz turnê pela Europa.
Em 1990, shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa.
Em 1991, lança o disco "Zona de Fronteira", pela Sony Music, em parceria com os poetas Wally Salomão e Antônio Cícero. O disco rompe fronteiras, marca a aparição de um trio forte na música popular, artistas de formação diversa, sólida, com identidade definida. "Zona de Fronteira" é um território que convida à exploração e João, mais uma vez, atravessa os limites harmônicos e mantém a unidade do disco "cruzando ritmos e culturas".
Em 1992, lança "João Bosco Acústico MTV", pela Sony Music. Tamanha sonoridade produz resultados imprevisíveis após juntar ingredientes ritmicos e díspares como Eleanor Rigby de Lennon e MacCartney e a antológica "Fita Amarela" de Noel Rosa; faz uma retrospectiva em sua obra, recriando-as. Faz shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa. Fez novamente apresentações no Canecão e no Olímpia.
Em 1993, participa do "Festival de Jazz de Montpellier" e durante o ano realiza uma grande turnê de apresentações.
Em 1994, grava "Na Onda Que Balança" pela Sony Music, nos estúdios do Rio de Janeiro e Los Angeles; parcerias com Abel Silva "Por Um Sorriso", Belchior "Momentos Roubados", Cacaso (poeta já falecido) "Liberdade", homenageia o escritor Guimarães Rosa com a música "Rosamundo"; as demais composições do disco levam assinatura de João Bosco. Viaja em turnê pela Europa, fazendo 31 shows. É convidado para participar do festival "All Blues" em Zurique, na Alemanha, dividindo o palco com o saxofonista americano Joe Henderson.
Em 1995, sai o CD "Dá licença meu Senhor", pela Sony Music, atua como intérprete, recria catorze canções de diversos autores, de diferente épocas, como Heitor Villa Lobos, Noel Rosa, Ary Barroso, com exceção da música "Pagodespell", em parceria com Oswald de Andrade, Caetano Veloso e Chico Buarque de Holanda (inédita). Apresenta-se em Lisboa, acompanhado do percussionista Paulinho da Costa, do pianista (e arranjador de vários discos do João Bosco) César Camargo Mariano, do saxofonista Paulo Moura e John Patitucci, baixista. É convidado pela "Tower Records" para autografar o CD "Dá licença meu Senhor". Realiza o show de abertura do Heineken Concerts", convidando para o espetáculo, o baixista John Patitucci, o percussionista Paulo da Costa, o saxofonista Paulo Moura, o pianista César Camargo Mariano, além dos músicos da sua banda nessa fase: Victor Biglione, Jamil Jones e Armando Maçal. As apresentações aconteceram em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1996, se apresenta no festival de Bordeaux, como também da "30ª Edição do Festival de Montreux" "Noite Brasileira". E, junto com os demais artistas brasileiros que participaram do festival, presta homenagem à Elis Regina, cantando "O Bêbado e o Equilibrista". É homenageado pela Prefeitura de Belo Horizonte "Sucesso Mineiro", recebendo o troféu, juntamente com outros artistas de diversas áreas.
Em 1997, grava o CD "As Mil e Uma Aldeias", pela Sony Music, iniciando nova parceria com o filho, o poeta e ensaista Francisco Bosco, que lançava logo depois, o segundo livro de poesia "Atrás da Porta". O disco, com forte inspiração do universo árabe, cria uma profusão de rítmos e João Bosco acerta na escolha do novo parceiro, que se harmoniza totalmente com sua criatividade musical.
Em 1998, é o autor da trilha sonora criada para o novo espetáculo da Companhia de Dança Grupo Corpo - "Benguelê", trabalhando na elaboração da música com Paulo Perdeneiras e o coreógrafo Rodrigo Perdeneiras. A trilha do espetáculo foi registrada no CD "Benguelê". O grupo corpo apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em seguida em vários países. Benguelê é "uma forma de viagem", "mistura sons espanhóis (acentuadamente o flamenco) árabes e africanos". O espetáculo foi apresentado também em São Paulo no SESC Pompéia em agosto; março, no Canecão no Rio de Janeiro; em setembro, no Teatro João Caetano. Participa do JVC Jazz Festival em Nova Iorque, batizado de "Brazilian Jazz Ensemble" junto a outros artistas como Leny Andrade, Toninho Horta e Egberto Gismonte. No palco do Alvery Fisher Hall. No teatro Rival, recebe o troféu "Eletrobrás da MPB".
Em 1999, faz temporada no Teatro Rival (Rio de Janeiro) e inaugura a "Lona Cultural João Bosco" com um show. É um empreendimento realizado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em homenagem ao compositor e tem suas instalações no Bairro Vista Alegre.
Em 2000, grava o 20º disco "Na Esquina", pela Sony Music, consolida a parceria com o filho, o poeta Francisco Bosco, dando sequência à profícua parceria, iniciada em "As mil e Uma Aldeias"; O CD tem arranjos de Jaques Morelembaun, e investe fundo em pesquisas de ritmos "numa indissociável ligação com música negra, seja de origem afro-americana, afro-cubana, ou afro-brasileira". O CD traz nove músicas em parceria com Francisco Bosco e três versões de clássicos como "Fools Rush IN " de J. Mercer e Rube Bloom, "Siboney" de Lecuona, e "True Love" de Cole Porter. com versões de Francisco Bosco.
Em 2001, grava CD duplo ao vivo, com repertório integral do show "Na Esquina Ao Vivo". Faz shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa e USA. Faz turnê pela Europa com o pianista cubano Gonzalo Rubalcaba. Recebe uma grande homenagem - para dançar na Gafieira Estudantiva, terá que subir a "Escadaria Cantor e Compositor João Bosco".
Em 2002, recebe o título "Cidadão de Ouro Preto", concedido pela Câmera de Vereadores da cidade.
Em 2003, grava o CD "Malabaristas do Sinal Vermelho", pela Sony Music. O Disco marca trinta anos de carreira, num projeto autoral com 11 faixas inéditas, além da regravação de "Andar com Fé" de Gilberto Gil. Todas as faixas foram compostas por João Bosco e Francisco Bosco, exceto "Eu Não Sei Seu Nome Inteiro" por João, João Donato e Francisco Bosco, "Terreiro de Jesus" por João, Edie Pacheco e Francisco Bosco. O violão insuperável, a busca permanente de novas sonoridades e ritmos, junto à qualidade poética de Francisco Bosco, fazem do CD um clássico da MPB. "Malabaristas do Sinal Vermelho" foi escolhido entre "Os melhores de 2003 na música" pela crítica. Ainda no ano, ocorreu o lançamento do "Song Book João Bosco", pela Lumiar, idealizado e produzido por Amir Chediak (já falecido). O livro traz as músicas cifradas (para guitarra e violão) um vasto material fotográfico, biografia elaborada por Zuza Homem de Melo, uma entrevista de Almir Chediak com João Bosco. São três volumes com um total de 123 canções, interpretadas por artistas de diferentes gerações. O lançamento se deu no teatro Rival do Rio de Janeiro.
Em 2004, João Bosco e Aldir Blanc recebem o prêmio "Shell de Música 2004", em sua 24ª edição, no teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Faz shows pelo país, shows nos EUA e turnê pela Europa.
Em 2005, é homenageado pela Banda da Escola de Música da Rocinha, com o lançamento do CD "BanDaCapo canta João Bosco".
Em 2006, lança CD e DVD "Obrigado gente" ao vivo no Auditório Ibirapuera em São Paulo, pela Universal. É um trabalho retrospectivo, em que faz releitura instrumental das canções incluídas, como registro da atual fase em que vive o compositor. Artistas da MPB como Djavan, Guinga, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda participaram como convidados na gravação do CD. Participa da 17ª noite do "Festival Enjoy Jazz" em Ludwigshafen, na Alemanha, ao lado do pianista cubano Gonzalo Rubalcaba. Faz shows em diversas capitais do país e turnê pela Europa, além de shows nos EUA.
Em 2007, é convidado a participar de dez concertos no Brasil, em parceria com a NDR Big Band, da Alemanha, iniciando a turnê no teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 2008, participa da "Bossa Brasil Pictures Festival 2008" no Birdland em Nova Iorque. É convidado a participar da abertura da nova temporada da Orquestra Jazz Sinfônica no parque Ibirapuera em São Paulo. É uma das atrações na festividade de comemoração pelos 19 anos da fundação do "Memorial da América Latina", na Barra Funda em São Paulo. Participou da inauguração - inclusive cortando a fita simbólica -da mais nova casa de música de São Paulo "Esquina da MPB- Bar Brahma". Apresenta-se pelo projeto dos 200 anos do Banco do Brasil, o CCBB (Centros culturais Banco do Brasil) de Salvador, Cuiabá, Brasília, Rio de Janeiro, São PAulo. Faz shows nas demais regiões brasileiras. Participa da noite brasileira de Montreux ao lado de Milton Nascimento e da Família Jobim em julho. Em agosto, viaja para Hamburgo onde grava o cd com sua obra junto da orquestra NDR BIG BAND.
"Não vou me ater à nossa convivência cercada de ótimos momentos, pois seria assunto para um livro. Quero fazer uma análise, isenta, do artista. E digo simplesmente, que se trata de um fenômeno. Sua melodia, seu ritmo, sua harmonia, seu censo de arranjo, ultrapassam os níveis aceitáveis pelos mestres. Seu violão é eletrizante, e suas levadas antológicas por descreverem o ritmo brasileiro "nunca dantes navegados", comprovando a diversidade de nossa rítmica de maneira rica e surpreendente. Sua voz alinhava todo esse universo sonoro com modesta intervenção, dando chance para que os versos ecoem com a mensagem pretendida. Na forma final, ao juntar todos estes valores num palco, é a explosão de um verdadeiro gênio musical da raça. É o Brasil se mostrando forte, ancorado em suas verdadeiras origens, ostensiva e orgulhosamente assumido. Ao ouvi-lo, da gosto de ser brasileiro."
SERGIO RICARDO
Fonte:João Bosco-Site Oficial
João Bosco - Corsário
João Bosco, Capinan, Papel Machê
João Bosco - O Bêbado E A Equilibrista
Corsário - João Bosco e Aldir Blanc
Apresentação de João Bosco em sua cidade natal, Ponte Nova - MG, em 16/08/2009 como atração do II Festival de Inverno de Ponte Nova.
Elis Regina O Bêbado e o Equilibrista - ( João Bosco/Aldir Blanc)
Elis Regina O Rancho da Goiabada - (João Bosco/Aldir Blanc)
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