Biografia Hojerizah
O nome Hojerizah é a estilização de ojeriza, sinônimo de aversão, e vem da raiz espanhola ojo, que quer dizer olho. Tudo a ver com uma banda que causava estranheza não só pela voz operística de Toni Platão como por apresentar músicas com melodias pesadas quando a moda era a onda new wave, em que o visual valia mais que do que o resto. A formação mais duradoura e conhecida foi a composta por Toni Platão (vocal), Flávio Murrah (guitarra e principal compositor), Marcelo Larrosa (baixo) e Álvaro Albuquerque (bateria). Surgido no fim de 1983, o Hojerizah começou vagando pelos porões cariocas e levou alguns anos para criar uma identidade, sendo considerado durante bom tempo de difícil assimilação pelas gravadoras. Com Pros que Estão em Casa, música que integrava um compacto simples gravado em 1985 pela BB Records/Polygram, passaram a aparecer em rádios alternativas. Em 1987, soltaram Hojerizah na praça, com referências culturais como Dalí e Buñuel (com a capa que recriava uma cena do filme Um Cão Andaluz), temática desencantada do pós-punk e cuidadosa atenção nos arranjos. Trazia regravação de Pros que Estão em Casa, que conseguiu um bom espaço nas rádios. Há ainda clássicos como Tempestade em Viena e Senhora Feliz. Menos sorte teve Pele, em que apenas duas músicas, Fogo e A Lei foram tocadas em rádios alternativas. Pouco divulgado pela gravadora, ele é mais lírico e rico do que o antecessor. Pele teve poema de Jean Rimbaud traduzido por Ledo Ivo em Canção da Torre Mais Alta. Após quase sete anos de estrada, o Hojerizah dissolveu-se, pouco depois de ter sido dispensado pela gravadora. Foi considerada uma das duas melhores bandas da divisão de base carioca (ao lado dos Picassos Falsos, com quem apresentaram-se juntos por muitas vezes), por Arthur Dapieve, em seu livro Brock. Toni partiu para uma carreira solo e já tem dois discos lançados. Flávio ficou dois anos em tratamento psiquiátrico e hoje, convertido à Igreja Renascer, toca na banda Horda. Marcelo tornou-se gerente do estúdio 585 e Álvaro aventurou-se pelo ramo de alimentos. O Hojerizah reúne-se esporadicamente em shows, como em 1994, para lançar uma coletânea dividida com os Picassos Falsos.
O nome Hojerizah é a estilização de ojeriza, sinônimo de aversão, e vem da raiz espanhola ojo, que quer dizer olho. Tudo a ver com uma banda que causava estranheza não só pela voz operística de Toni Platão como por apresentar músicas com melodias pesadas quando a moda era a onda new wave, em que o visual valia mais que do que o resto. A formação mais duradoura e conhecida foi a composta por Toni Platão (vocal), Flávio Murrah (guitarra e principal compositor), Marcelo Larrosa (baixo) e Álvaro Albuquerque (bateria). Surgido no fim de 1983, o Hojerizah começou vagando pelos porões cariocas e levou alguns anos para criar uma identidade, sendo considerado durante bom tempo de difícil assimilação pelas gravadoras. Com Pros que Estão em Casa, música que integrava um compacto simples gravado em 1985 pela BB Records/Polygram, passaram a aparecer em rádios alternativas. Em 1987, soltaram Hojerizah na praça, com referências culturais como Dalí e Buñuel (com a capa que recriava uma cena do filme Um Cão Andaluz), temática desencantada do pós-punk e cuidadosa atenção nos arranjos. Trazia regravação de Pros que Estão em Casa, que conseguiu um bom espaço nas rádios. Há ainda clássicos como Tempestade em Viena e Senhora Feliz. Menos sorte teve Pele, em que apenas duas músicas, Fogo e A Lei foram tocadas em rádios alternativas. Pouco divulgado pela gravadora, ele é mais lírico e rico do que o antecessor. Pele teve poema de Jean Rimbaud traduzido por Ledo Ivo em Canção da Torre Mais Alta. Após quase sete anos de estrada, o Hojerizah dissolveu-se, pouco depois de ter sido dispensado pela gravadora. Foi considerada uma das duas melhores bandas da divisão de base carioca (ao lado dos Picassos Falsos, com quem apresentaram-se juntos por muitas vezes), por Arthur Dapieve, em seu livro Brock. Toni partiu para uma carreira solo e já tem dois discos lançados. Flávio ficou dois anos em tratamento psiquiátrico e hoje, convertido à Igreja Renascer, toca na banda Horda. Marcelo tornou-se gerente do estúdio 585 e Álvaro aventurou-se pelo ramo de alimentos. O Hojerizah reúne-se esporadicamente em shows, como em 1994, para lançar uma coletânea dividida com os Picassos Falsos.
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