*Biografía de Cassía Eller
Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 — Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001) foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos noventa.
Caracterizada pela voz grave e o ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Jimi Hendrix, Mutantes, Beatles e Nirvana.
Teve uma trajetória musical bastante variada, porém curta, com algo em torno de dez álbuns próprios no decorrer de doze anos de carreira. Iniciou a carreira em Brasília e com uma presença de palco bastante intensa, Cássia Eller assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e era constantemente convidada para participações especiais e interpretações encomendadas.
Outra característica importante é o fato de ela ter composto apenas duas canções das que gravou — Eles e O Marginal —, ou seja, assumindo uma postura de intérprete declarada. Era homossexual e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco. Teve grandes problemas com álcool e outras drogas. Faleceu em 29 de dezembro de 2001 por parada cardio-respiratória, possivelmente decorrente de estresse. A hipótese de overdose como causa da morte, apontada inicialmente, foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Foi apontada então morte por erro médico, mas o inquérito foi arquivado pelo Ministério Público.
Filha de pai militar (sargento pára-quedista do Exército) e mãe dona-de-casa, Cássia Rejane Eller nasceu no Rio de Janeiro em 10 de dezembro de 1962. O nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia.
Durante seus 39 anos, a cantora teve vários endereços em várias regiões do país.
Aos 6, mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará, e volta, aos 12 anos, para o Rio. Aos 18, chega a Brasília e se torna uma referência na cena musical da capital do país.
O interesse pela música começou antes, aos 14, quando ganhou um violão de presente. Tocava princilmente músicas dos Beatles. Sempre conviveu com músicos, amigos de sua mãe.
Em Brasília, cantou em coral, fez testes pra musicais, trabalhou em duas óperas como corista e, em 1981, participou de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
"Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília", disse à Folha em 1999.
Um ano mais tarde, ela foi para Minas Gerais e trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos."
Quando voltou para Brasília, substituiu uma amiga como secretária no Ministério da Agricultura. "Fui demitida no terceiro dia. Aí resolvi só cantar."
Cássia cantou também em um grupo de forró e participou por dois anos do primeiro trio-elétrico do Planalto, o Massa Real. Seu sonho era ser cantora de ópera.
Dizia que não tinha a disciplina exigida para o estudo formal. Ela não chegou a terminar segundo grau.
Foi a partir de 1989 que Cássia começou seu trajeto pelo mundo do disco.
Em São Paulo, ela gravou uma fita demo, apoiada pelo tio, Anderson - que, aliás, foi seu primeiro empresário.
Foi ele quem levou a fita para uma audição na gravadora Polygram.
Nesta fita estava gravada a música que viria a ser o primeiro sucesso na voz de Cássia, a música "Por Enquanto", de Renato Russo.
Veio então o contrato com a gravadora e o primeiro disco, lançado em 1990. Depois disso, Cássia não parou mais. Foram sete discos gravados, vários sucessos e uma personalidade inconfundível, que mistura sua timidez latente à rebeldia quase adolescente.
Caracterizada pela voz grave e o ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Jimi Hendrix, Mutantes, Beatles e Nirvana.
Teve uma trajetória musical bastante variada, porém curta, com algo em torno de dez álbuns próprios no decorrer de doze anos de carreira. Iniciou a carreira em Brasília e com uma presença de palco bastante intensa, Cássia Eller assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e era constantemente convidada para participações especiais e interpretações encomendadas.
Outra característica importante é o fato de ela ter composto apenas duas canções das que gravou — Eles e O Marginal —, ou seja, assumindo uma postura de intérprete declarada. Era homossexual e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco. Teve grandes problemas com álcool e outras drogas. Faleceu em 29 de dezembro de 2001 por parada cardio-respiratória, possivelmente decorrente de estresse. A hipótese de overdose como causa da morte, apontada inicialmente, foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Foi apontada então morte por erro médico, mas o inquérito foi arquivado pelo Ministério Público.
Filha de pai militar (sargento pára-quedista do Exército) e mãe dona-de-casa, Cássia Rejane Eller nasceu no Rio de Janeiro em 10 de dezembro de 1962. O nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia.
Durante seus 39 anos, a cantora teve vários endereços em várias regiões do país.
Aos 6, mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará, e volta, aos 12 anos, para o Rio. Aos 18, chega a Brasília e se torna uma referência na cena musical da capital do país.
O interesse pela música começou antes, aos 14, quando ganhou um violão de presente. Tocava princilmente músicas dos Beatles. Sempre conviveu com músicos, amigos de sua mãe.
Em Brasília, cantou em coral, fez testes pra musicais, trabalhou em duas óperas como corista e, em 1981, participou de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
"Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília", disse à Folha em 1999.
Um ano mais tarde, ela foi para Minas Gerais e trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos."
Quando voltou para Brasília, substituiu uma amiga como secretária no Ministério da Agricultura. "Fui demitida no terceiro dia. Aí resolvi só cantar."
Cássia cantou também em um grupo de forró e participou por dois anos do primeiro trio-elétrico do Planalto, o Massa Real. Seu sonho era ser cantora de ópera.
Dizia que não tinha a disciplina exigida para o estudo formal. Ela não chegou a terminar segundo grau.
Foi a partir de 1989 que Cássia começou seu trajeto pelo mundo do disco.
Em São Paulo, ela gravou uma fita demo, apoiada pelo tio, Anderson - que, aliás, foi seu primeiro empresário.
Foi ele quem levou a fita para uma audição na gravadora Polygram.
Nesta fita estava gravada a música que viria a ser o primeiro sucesso na voz de Cássia, a música "Por Enquanto", de Renato Russo.
Veio então o contrato com a gravadora e o primeiro disco, lançado em 1990. Depois disso, Cássia não parou mais. Foram sete discos gravados, vários sucessos e uma personalidade inconfundível, que mistura sua timidez latente à rebeldia quase adolescente.
NOTÍCIA:
Folha de S.Paulo
Aos 39 anos, a cantora Cássia Eller morreu hoje às 19h05 após sofrer três paradas cardíacas na clínica Santa Maria, no bairro de Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro.
A cantora Cássia Eller
A cantora tinha sido internada às 13h e chegou a ficar no CTI (Centro de Terapia Intensiva).
Segundo seu empresário, a cantora estava sentindo-se mal e reclamando de enjôos, devido ao excesso de trabalho. Os sintomas, segundo ele, seriam resultado de estresse provocado por excesso de trabalho. "Ela está trabalhando muito. Em sete meses, fez mais de cem shows", dizia.
Ao chegar à clínica, Eller foi internada na unidade coronariana. Mas o empresário minimizava o fato. "Não havia quartos disponíveis na clínica. Eu pedi que ela fosse internada lá. Se só houvesse vaga no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), ela seria internada lá."
O boletim médico, assinado pelo diretor da clínica, Gedalias Heringer Filho, informa que Cássia Rejane Eller chegou à clínica "com quadro de desorientação e agitação, tendo evoluído rapidamente para depressão respiratória e parada cardiorrespiratória".
O único boletim médico divulgado confirmou a morte da roqueira, mas não revelou a causa. A família ainda não se manifestou. A equipe médica, informou o boletim, fez três manobras de ressuscitação na cantora. Às 18h, o quadro se agravou, e Eller morreu uma hora depois.
De acordo com informações extra-oficiais, a morte da artista teria sido consequência de intoxicação exógena, o que significaria consumo em excesso de algum tipo de droga. Essa informação não havia sido confirmada pela clínica até o encerramento desta edição. O caso está sendo investigado pela 10ª DP (delegacia de polícia) de Botafogo.
Em entrevista em abril, Eller afirmava que já havia sido dependente de cocaína, mas que havia conseguido se livrar do vício. "Fiz um tratamento de desintoxicação, que durou de 98 a 2000. Encontrei Jesus, sigo com ele, limpinha", disse então a cantora.
Em seguida, contou como a droga estava interferindo em sua vida. "Estava me atrapalhando muito, a ponto de perder compromissos. Tinha criança dentro de casa, minha mulher não estava gostando. Fui eu mesma que quis fazer, foi legal."
Homossexual assumida, Cássia deixa um filho de oito anos, Francisco Ribeiro Eller, a quem ela chamava carinhosamente de Chicão. A roqueira vivia há 14 anos com Eugênia Vieira Martins. As duas se conheceram quando Eugênia estudava Letras na UnB (Universidade de Brasília) e trabalhava no Tribunal Superior do Trabalho.
O pai do menino era o baixista Otávio Fialho, morto em um acidente de automóvel, alguns dias antes do nascimento de Chicão.
Antes de iniciar a carreira artística, Cássia teve uma vida profissional bastante diferente. "Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília."
Um ano mais tarde, ela foi para Minas Gerais e trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos."
Quando voltou para Brasília, substituiu uma amiga como secretária no Ministério da Agricultura. "Fui demitida no terceiro dia. Aí resolvi só cantar."
Aos 39 anos, a cantora Cássia Eller morreu hoje às 19h05 após sofrer três paradas cardíacas na clínica Santa Maria, no bairro de Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro.
A cantora Cássia Eller
A cantora tinha sido internada às 13h e chegou a ficar no CTI (Centro de Terapia Intensiva).
Segundo seu empresário, a cantora estava sentindo-se mal e reclamando de enjôos, devido ao excesso de trabalho. Os sintomas, segundo ele, seriam resultado de estresse provocado por excesso de trabalho. "Ela está trabalhando muito. Em sete meses, fez mais de cem shows", dizia.
Ao chegar à clínica, Eller foi internada na unidade coronariana. Mas o empresário minimizava o fato. "Não havia quartos disponíveis na clínica. Eu pedi que ela fosse internada lá. Se só houvesse vaga no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), ela seria internada lá."
O boletim médico, assinado pelo diretor da clínica, Gedalias Heringer Filho, informa que Cássia Rejane Eller chegou à clínica "com quadro de desorientação e agitação, tendo evoluído rapidamente para depressão respiratória e parada cardiorrespiratória".
O único boletim médico divulgado confirmou a morte da roqueira, mas não revelou a causa. A família ainda não se manifestou. A equipe médica, informou o boletim, fez três manobras de ressuscitação na cantora. Às 18h, o quadro se agravou, e Eller morreu uma hora depois.
De acordo com informações extra-oficiais, a morte da artista teria sido consequência de intoxicação exógena, o que significaria consumo em excesso de algum tipo de droga. Essa informação não havia sido confirmada pela clínica até o encerramento desta edição. O caso está sendo investigado pela 10ª DP (delegacia de polícia) de Botafogo.
Em entrevista em abril, Eller afirmava que já havia sido dependente de cocaína, mas que havia conseguido se livrar do vício. "Fiz um tratamento de desintoxicação, que durou de 98 a 2000. Encontrei Jesus, sigo com ele, limpinha", disse então a cantora.
Em seguida, contou como a droga estava interferindo em sua vida. "Estava me atrapalhando muito, a ponto de perder compromissos. Tinha criança dentro de casa, minha mulher não estava gostando. Fui eu mesma que quis fazer, foi legal."
Homossexual assumida, Cássia deixa um filho de oito anos, Francisco Ribeiro Eller, a quem ela chamava carinhosamente de Chicão. A roqueira vivia há 14 anos com Eugênia Vieira Martins. As duas se conheceram quando Eugênia estudava Letras na UnB (Universidade de Brasília) e trabalhava no Tribunal Superior do Trabalho.
O pai do menino era o baixista Otávio Fialho, morto em um acidente de automóvel, alguns dias antes do nascimento de Chicão.
Antes de iniciar a carreira artística, Cássia teve uma vida profissional bastante diferente. "Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília."
Um ano mais tarde, ela foi para Minas Gerais e trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos."
Quando voltou para Brasília, substituiu uma amiga como secretária no Ministério da Agricultura. "Fui demitida no terceiro dia. Aí resolvi só cantar."
O Brasil e o mundo foram pegos de surpresa...ela não foi mais um número,mais uma cantora...
ela foi e sempre será, Cássia Eller.
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