sábado, 31 de janeiro de 2009
Carlos Gardel
Carlos Gardel (Tacuarembó ou Toulouse, 11 de dezembro de 1890 — Medellín, 24 de junho de 1935) foi o mais famoso dos cantores de tango argentino, país ao qual chegou aos dois anos de idade.
Seu lugar de nascimento constitui uma questão controversa. Alguns sustentam que Gardel teria nascido no interior do Uruguai no departamento de Tacuarembó baseando-se em alguns documentos e matérias jornalísticas de época. Outros dizem que Gardel teria nascido na cidade francesa de Toulouse como Charles Romuald Gardès, filho de pai ignorado e de Berthe Gardès (1865-1943). Gardel era esquivo sobre o tema e quando indagado dizia: "Nasci em Buenos Aires aos dois anos e meio de idade".
Cantor e ator celebrado em toda a América Latina pela divulgação do tango. Inicia-se como cantor ainda jovem com o nome artístico de El Morocho, apresentando-se em cafés dos subúrbios da capital argentina. Sua primeira interpretação formal se dá no Teatro Nacional de Corrientes, no qual também se apresenta Don José Razzano, com quem forma uma parceria por vários anos. Pela sensualidade de sua voz, que se presta muito bem à interpretação da milonga – gênero precursor musical do tango – torna-se conhecido a partir de "Mi noche triste" 1917.
Foi uma das primordiais influências de Amália Rodrigues.
Certa vez uma pessoa colocou esse relato, dizendo que Carlos Gardel teria se casado depois de sua morte: Marta era uma jovem amiga de minha tia-avó, que até sua morte narrava esse relato. Segundo ela, era uma moça muito bonita, de olhos azuis, pele alva e cabelos negros. As duas eram inseparáveis e as melhores amigas. Marta era uma grande fã do famoso cantor de tango argentino Carlos Gardel, um dos artistas mais famosos daquela época. Pertencendo a uma família abastada, tinha todos os seus discos, que ouvia no gramofone, e colecionava suas fotos que saiam nas revistas.
Em 1935, Carlos Gardel morreu tragicamente, num desastre de avião, durante uma turnê. Ao saber da noticia, Marta caiu de cama, acometida por uma febre altíssima. Por muitos dias os médicos temeram por sua vida. Depois, um tanto recuperada da crise, recusava-se a comer e apenas chorava, chorava sem dizer o motivo. Seus pais o ignoravam, mas minha tia-avó sabia perfeitamente bem a causa do sofrimento de Marta. Para distraí-la, seus pais fizeram-na passar uns tempos na casa de uns parentes no Rio de Janeiro, de onde ela voltou um tanto melhor, mas não era mais a mesma pessoa. Havia se tornado uma moça pensativa, recolhida e triste, que se vestia sempre de preto. Então seus pais acharam que a cura de todos os males de sua filha estava no casamento. Afinal, Marta já estava com 23 anos. Porém, quando tentaram fazê-la ficar noiva de um rapaz de boa família, ela se recusou terminantemente e afirmou que preferia entrar num convento a se casar.
Assim se passaram mais alguns anos, sem grandes alterações no estado de Marta. Ela se vestia sempre de preto e só saia de casa para ir à missa numa igreja próxima. Minha tia-avó se casou, e a amizade de ambas continuou inalterada, sendo que Marta foi madrinha de seu primeiro filho.
Certa noite, por volta de 1942, Marta teve um sonho. Sonhou que estava sentada na sala de sua casa, e de repente sentiu uma presença na janela. Olhou e viu o cantor Carlos Gardel, do outro lado do vidro, com seu chapéu típico, sorrindo para ela. Então Marta, sempre segundo os relatos que fazia a minha tia-avó, de alguma forma atravessou a parede e se viu diante de seu grande amor. Gardel perguntou se ela queria ficar noiva dele. Marta respondeu que sim, que era o que mais queria, e acordou com a alma inundada de uma felicidade indescritível.
A partir desse sonho, ela passou por uma mudança admirável. Deixou de lado os vestidos pretos, usava cores claras e alegres, pintava os lábios de carmim, e usava também e era isso que todos achavam estranho, mas não diziam nada uma aliança na mão direita. Marta dizia a todos que aquela aliança era para afastar possíveis pretendentes, mas somente minha tia-avó conhecia seu segredo, que ela era noiva de Carlos Gardel. E mais, sabia que ele a visitava a noite, e fazia amor com ela.
Em 1950, Marta viajou para Buenos Aires, para ir ao Cemitério de La Chacarita, onde devia ser selada a união perpetua dos dois. Entrou no cemitério como uma noiva, a cabeça coberta por uma mantilha e um buque de rosas nas mãos. Ali, diante do tumulo de Gardel, ela passou a aliança para a mão esquerda, jurando-lhe eterna fidelidade e amor. O buque ficou sobre o tumulo. Depois disso, Marta voltou para sua casa e viveu lá ate sua morte, cerca de 30 anos depois. Antes de dar seu ultimo suspiro, teria confidenciado a sua tia-avó, sobre sua morte e o dia mais feliz de sua vida.
Foi enterrada com a aliança, pois estava de tal forma encravada na carne que não foi possível tirar.O mais intrigante dessa historia e que Marta sempre afirmou que ela e seu marido fantasma tinham uma vida sexual ativa e normal, como a de qualquer casal feliz.
*Gardel morreu num desastre de avião durante uma turnê, em Medellín, na Colômbia. Seus restos mortais encontram-se no Cemitério de la Chacarita na capital argentina.
*Carlos Gardel é sinônimo de tango. Foi compositor, intérprete e ator de inúmeras canções e musicais. Com ele, o cadenciado ritmo portenho ganhou uma faceta mais romântica e deu volta ao mundo. Gardel foi um personagem emblemático em vida e continua sendo, potenciado pela ascendente projeção afetiva e social de sua legendária memória.
RESUMO:
Carlos Gardel nasceu Charles Romuald Gardés no dia 11 de dezembro de 1890, em Toulouse, França. Filho de pai desconhecido, chegou a Buenos Aires com sua mãe quando tinha apenas 2 anos. Morou grande parte de sua vida no bairro portenho do Abasto. Teve uma infância pobre e desde cedo viveu de pequenos bicos.
Começou a cantar aos 17 anos e em 1911 formou uma dupla com o cantor uruguaio José Razzano, quem o transformou no fenômeno musical da década. O reconhecimento veio em 1914, quando passou a se apresentar regularmente no cabaré Armenonville, em Buenos Aires.
Após a separação da dupla começam as primeiras viagens ao exterior. No ano 1925, Gardel já era popular em toda a América espanhola. 1927 foi o ano da sua consagração na Europa, alcançando grande sucesso em Paris. Logo viriam Estados Unidos e o cinema. Nos estúdios da Paramount, em Nova York, atuou em vários filmes que fizeram grande sucesso e estenderam ainda mais a sua lenda.
Carlos Gardel foi o maior cantor de tangos de todos os tempos. A sua morte, motivada por um acidente aéreo durante uma tourné pela Colômbia, ocorrida em junho de 1935, nunca foi aceita pelos seus admiradores, que se contavam aos milhares, aos milhões, pelo continente americano inteiro. Gardel é um caso raro de imortalidade, pois até hoje suas 930 gravações são ouvidas como na época em que as gravou, de 1917 a 1933, e sua voz continua ecoando pelas rádios e salões em todas as partes, como se nada houvesse. Muito do clima emocional que envolveu o seu desastre voltou à memória no momento em que a sua pátria, a bela Argentina, entrou em convulsão.
*Lenda:Gardel reaparece
Viram-no, juravam, em todos os lugares. Se bem que sua aparência era assustadora, sem dúvida, diziam, era ele, era Carlos Gardel. As roupas em frangalhos, o cabelo castanho escuro, que ele sempre trazia impecavelmente engomado, estava chamuscado e em desalinho, parecia um torto. Mas quando o farrapo se punha a cantar, dedilhando a guitarra, tendo ao fundo um bandonéon e um par de violões, o público, em Bogotá, em Caracas, em Montevidéu, no Porto Rico, no Rio de Janeiro, ou na Corrientes com Paissandú, esquecido do seu rosto queimado e da sua aparência de além-túmulo, se convencia: era Carlitos, sim, quem estava no palco. A sua voz impressionante, inesquecível, não deixava um só espaço da bodega ou da taverna sem sua presença. Comoviam-se, pois tudo indicava que ele saíra vivo do acidente aéreo na Colômbia. A imprensa mentira ao noticiar o infausto de Medelin, pois Carlos Gardel estava ali, vivíssimo.
Os fãs o tornam imortal
Uns três dias antes da tragédia do vôo para Medelin, ainda em Bogotá, naquele ano estafante e fatídico de 1935, ele se emocionara com um coral de colegiais, dirigido por um desconhecida professora, que ensaiara uma meia dúzia das suas letras. Gardel fora às lágrimas. Agora, depois da queda, parecia uma alma penada arrastando-se de salão em salão, assustando a platéia com sua aparência de assombração, mas logo fascinando-a com sua presença estentórea. Não deixaram Gardel morrer. Em todo o mundo latino-americano, inclusive no sempre afastado Brasil, ninguém aceitou a idéia de ele fosse um homem comum, desses que morrem e logo se enterram. Portanto, em uníssono, concordaram em que ele não podia simplesmente ir-se. Tanto é que viram-no trovando com Noel Rosa num botequim da Vila Isabel.
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