terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Beto Guedes

O universo musical é infinito em quantidade e qualidade, Beto Guedes faz parte da qualidade, um gênio do movimento Clube da esquina, ele e o clube só trouxeram alegria e orgulho á nação brasileira e fonte de inspiração ao mundo.

Biografia

A música e os aviões sempre tiveram muito em comum na vida de Beto Guedes. Quando pegou num instrumento ela primeira vez - aos oito anos, em Montes Claros (MG), sua cidade natal - ele não seria capaz de adivinhar que um dia voaria tão alto na carreira de músico. E nem que conseguiria pisar num avião de verdade - seu medo de voar contrastava com a obsessão por aeromodelismo. O tempo livre de Beto sempre foi dividido entre os aviõezinhos de brinquedo e a paixão pelos instrumentos herdada do pai, Godofredo Guedes, músico e compositor, responsável pela maioria dos bailes e serestas de Montes Claros.
O gosto pela música estava diretamente ligado aos Beatles. Em 1964, aos 12 anos, quando o quarteto de Liverpool já era febre no mundo inteiro, Beto, morando em Belo Horizonte, juntou-se aos vizinhos para formar o grupo, The Bevers (com repertório dedicado aos Beatles, obviamente).

Os vizinhos, no caso, eram os irmãos Márcio, e Lô Borges. A Beatlemania durou toda a adolescência e ainda incluiu um outro grupo, Brucutus, que animava festinhas durante as férias em Montes Claros.
No final da década, mais amadurecidos, Beto e começaram a compor e participar de festivais. Em 1969, quando foram ao Rio participar do Festival Internacional da Canção com a música "Feira Moderna", bateram na porta do conterrâneo Milton Nascimento. A acolhida de Milton não poderia ter sido mais proveitosa. A amizade e a admiração profissional mútua fizeram com que ele convidasse Beto Guedes para participar do antológico LP "Clube da Esquina", de 1971.

Tocando baixo, guitarra, percussão e fazendo vocais, Beto começava a ganhar projeção junto com uma turma talentosa, que incluía nomes como Wagner Tiso, Ronaldo Bastos e Toninho Horta.
A safra de novos músicos mineiros era completada por Flávio Venturini, Sirlan, Vermelho, Tavinho Moura, entre outros, que Belo foi encontrar quando decidiu voltar a BH. As gravadoras passaram a abrir os olhos e em 1973 a Odeon resolveu bancar o LP "Beto Guedes/Danilo Caymmi/Novelli/Toninho Horta".
A Beto, coube um quarto do disco. Não era muito, mas para ele, era o suficiente. Perfeccionista e naquela altura ainda muito inseguro, não conseguia acreditar no valor de suas músicas, embora a gravadora já lhe acenasse com ofertas para gravar um disco solo.
Quatro anos foi o tempo necessário para que criasse asas próprias. Em 1977, ele finalmente levantou vôo, a bordo do LP "A Página do Relâmpago Elétrico". O título foi sugestão do parceiro Ronaldo Bastos, depois que este viu no álbum de um colecionador de fotos de aviões da 2ª guerra, uma imagem do avião "Relâmpago Elétrico".
Tá na cara que Beto, fanático por aviõezínhos de brinquedo, adorou a sugestão. O disco, que tinha a colaboração de vários amigos mineiros, chamou a atenção por revelar seus dotes como cantor, já que até então, ele era conhecido apenas pela versatilidade de multiinstrumentista. O tímido sucesso das músicas "Lumiar" e "Maria Solidária" foi suficiente para que o disco chegasse às 21 mil cópias vendidas, três vezes mais do que calculava a gravadora.
Mal sabiam eles, que "Lumiar" viraria um dos hinos da juventude cabeluda paz-e-amor e pró-natureza. E que Beto seria um dos ídolos dessa geração, principalmente após o lançamento de seu segundo álbum, "Amor de Índio". A faixa-título, dele e de Ronaldo Bastos, integrava o espírito de todo o disco. Versos como "A abelha fazendo o mel/Vale o tempo em que não vôou" ou "Todo dia é de viver/Para ser o que for/E ser tudo", segundo Beto, expressavam o lado primitivo e puro que ainda havia em cada uma das pessoas, como um canto de louvor à vida.
Quando lançou seu terceiro disco, "Sol de Primavera", em 1980, já tinha uma legião de fãs no eixo Rio-São Paulo. Mas nunca abandonou a mineirice que se tornara sua marca registrada. Botava o pé na estrada - de carro, porque não perdia o medo de voar - , mas continuava morando em Belo Horizonte, onde tinha a tranqüilidade para se dedicar aos brinquedinhos voadores e às novas composições.
Era na janela, esperando o anoitecer que as idéias surgiam. E amadureciam tanto, que seus álbuns demoravam no mínimo dois anos para sair. O quinto deles, "Viagem das Mãos", de 1984, foi um marco em sua carreira. Àquela altura, Beto Guedes já era um artista de primeira linha, com vendagens oscilando entre 50 e 60 mil cópias e uma marca sonora registrada.
Mas este álbum trazia a canção que, junto com "Amor de Índio", seria o maior sucesso de sua carreira: "Paisagem da Janela", de Lô Borges e Fernando Brant. Ao mesmo tempo, representava o estouro nacional do compositor, que naquele momento superava o medo de voar e, pasmem, já cogitava pilotar um ultraleve construído por ele mesmo!
A viagem de Beto alcançara as alturas, e o ápice acabou sendo "Alma de Borracha", que, lançado em 1986, finalmente lhe rendeu um Disco de Ouro e o reconhecimento no exterior. O título do disco (tradução de "Rubber Soul") homenageava os Beatles, enquanto o repertório trazia uma grata surpresa: a faixa "Objetos Luminosos", primeira parceria com seu mentor e padrinho musical Milton Nascimento. O Rio de Janeiro - cidade onde fez shows antológicos e sempre teve recepção calorosa do público - foi o local escolhido para a gravação de um disco ao vivo, no final de 1987.

Ao todo, foram cinco anos longe dos estúdios. Em 1991, Beto Guedes voltou a gravar. Com a meticulosidade de sempre, ele cuidou de cada detalhe de "Andaluz", seu oitavo disco e último contrato com a EMI-Odeon. Um disco em que o uso de sintetizadores dava um chega pra lá em alguns instrumentos barrocos tão utilizados pelo compositor em trabalhos anteriores. No ano seguinte, era de se esperar que Beto caísse na estrada mais uma vez. Mas ele preferiu trocar o violão pelo macacão de mecânico e passou a dedicar cada vez mais à sua paixão por aviões, só que construindo um monomotor de verdade.
Foram mais sete anos restritos a shows esporádicos e muita reflexão.
Até que, lá no alto, sobrevoando os céus de Minas, ele sentiu a sensação de quem venceu o medo de um desafio e se tornou dono de seu próprio destino.
Olhou para o futuro e viu, no horizonte infinito, música. Os versos já estão escritos. Mineiramente, Beto Guedes está de volta.

Marcelo Janot



II-



Histórico

Nascido a 13 de agosto de 1951 em Montes Claros (norte de Minas Gerais, quase divisa com Bahia), o leonino Alberto de Castro Guedes, filho dos baianos (seus pais são de Riacho de Santana) Dona Júlia de Castro Guedes e Godofredo Guedes, caçula de uma família de oito irmãos (3 homens e 5 mulheres), adora aviões - aeromodelos ou ultra-leves.
Com uma voz aguda e cortante, "isso é trejeito mesmo, é uma coisa natural da minha estranheza - eu sou um cara de trejeitos estranhos..." é o músico, compositor e vocalista: Beto Guedes.
Com oito anos estava tocando seu primeiro instrumento, um pandeiro para acompanhar seu pai num conjunto regional que ele formara com uma porção de parentes e amigos.
Aos nove anos muda-se para Belo Horizonte, tornando-se vizinho de Lô Borges, com quem forma um conjunto de violão e 4 vozes: The Beevers - composto por , Márcio, Yé Borges e Beto Guedes, com repertório exclusivamente dedicado aos Beatles.
Nessa época Milton morava com e tentou várias vezes ensaiar o conjunto para se apresentar com ele, mas eram muito preconceituosos com a "Bossa Nova" e preferiram ficar com os Beatles e The Birds.
O conjunto formado por Beto, Lô, Yé e Márcio Borges dura 5 anos e ele muda para Montes Claros, onde com 15 ou 16 anos liga-se a um grupo da cidade "que só trabalhava nas férias" tocando Beatles, The Birds, Roberto Carlos e as versões de Renato e seus Blue Caps -eram Os Brucutus: Cabaré, Patão, Boca e Beto.
A beatlemania dura até 1968/69 e Beto está com 18 anos, quando o conjunto se desfaz porque parte da turma passa no vestibular. Na metade de 69, Beto volta a encontrar e começam a trabalhar juntos. Aparecem os festivais e eles passam a participar.
No Festival Estudantil da Canção tiraram 5º lugar com a música "Equatorial" - (Lô, Márcio Borges e Beto Guedes). No Festival Internacional da Canção (1970), "Feira Moderna" (Lô, Beto e Fernando Brant) fica em 8º lugar. Essa música é apresentada pelo Som Imaginário, que era composto por Wagner Tiso, Luiz Alves, Robertinho Silva, Tavito, Zé Rodrix e Fredera.

Milton Nascimento participa nesse festival com "Clube da Esquina" (Milton, Ló e Márcio Borges).
A partir do Fic, Beto passa a morar durante 6 meses com Milton, , Márcio Borges, Ronaldo Bastos e outros no Rio de Janeiro, participando de quase todas as faixas do disco Clube da Esquina. Tocando baixo, guitarra, percussão e faz vocal (1971).
Começa a se apresentar nos espetáculos que traziam Milton Nascimento, Som Imaginário e Lô Borges.
Volta para Minas Gerais (Belo Horizonte) e reorganiza o chamado "Bloco B" - uma espécie de Clube de Esquina na mesma esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis no bairro Santa Tereza que Milton homenageia em seu disco.
Um novo elenco de mineiros começa a aparecer: Flávio Venturini, Zé Geraldo (Vermelho), Tavinho Moura, Toninho Horta, Hely e Zé Eduardo.
Desse bloco, em 72, forma-se o grupo Fio da Navalha (que não chegou a gravar), composto por Lô, Flávio Venturini, Vermelho, Sirlan e Beto. É desse bloco também, que, em 73, surge o primeiro disco de Beto Guedes. Dispondo de "um quarto do disco" ao lado de Novelli, Toninho Horta e Danilo Caymmi (reeditado em 77).
Em 75, grava com Milton Nascimento no LP "Minas", a música "Fé Cega, Faca Amolada" a qual teve muita importância, pois foi o incentivo para que os dois gravassem um compacto: de um lado "Caso você queira saber" (Beto, Flávio V. Márcio B. e Vermelho) e do outro "Norwegian Wood" (John Lennon e Paul Mc Cartney). Este compacto foi gravado no mesmo ano em que Beto participa do LP "Minas".
Em 76, assina contrato com a Odeon e em 77 lança seu primeiro disco individual: "A Página do Relâmpago Elétrico", que recebe ótimas críticas e supera as previsões de vendagem.
Nesse LP vem uma espécie de selo com uma fruta chamada "pequi", que só nasce naturalmente, não podendo ser plantada e é usada como símbolo das suas músicas (referente ao bucolismo que existe em sua linha musical).
Ainda em 77, casa-se com Silvana na Capela Santo Antônio, em Belo Horizonte. Em 78, no dia 1º de abril nasce seu primeiro filho, Grabriel.
Lança no mesmo ano, seu terceiro disco "Amor de Índio" onde procura cantar o que resta do índio em cada um de nós, nosso lado primitivo e puro, que sabe não ter nada a perder. É um canto de louvor à vida, como diz: "Todo dia é de viver/Para ser o que for/e ser tudo".

Participa do LP Clube da Esquina 2 de Milton Nascimento em 79.
Em 80, sai seu quarto LP "Sol de Primavera". O pequi não está na capa desse disco "porque o LP foi gravado em outubro e pequi só dá em dezembro e janeiro. Também tinha que mandar o pequi de Montes Claros para ser fotografado... ih era muito trabalho".
Aos 14 de maio de 81, nasce o seu segundo filho, Ian.
Lança neste mesmo ano, seu 5º disco: "Contos de Lua Vaga" que só é promovido em shows no final de 81.
Em outubro de 83, lança uma coletânea de seu trabalho entre os anos de 76 a 81, com o título de "Lumiar".
Em 84, lança seu 6º LP: "Viagem das Mãos".
Este é Beto Guedes que adora conversar nos bares e pescar, que se perde nas datas, que curte andar de ultra-leve, que em todos os seus discos homenageia seu pai, encerrando um dos lados com uma música de sua autoria.
Em outubro de 86, na cidade de São Paulo, Beto Guedes dá inicio à sua maior tourné realizada até então em sua carreira.
Começa a promover o LP ALMA DE BORRACHA que seria lançado pela ODEON em janeiro, dando-lhe rapidamente seu 1º Disco de Ouro, ultrapassando a marca de 200 mil cópias vendidas. Marca recorde em sua carreira.

Acompanhado por uma super banda, com vocal e tudo que tem direito, inclusive visual (outubro de 86 a outubro de 87), Beto realiza pouco mais de 70 shows, atingindo um público de mais de 400 mil pessoas.
Quebra recordes em vários locais (São Paulo, Recife, Rio, Salvador e Brasília) e resolve gravar um LP AO VIVO para comemorar seus 10 anos de carreira solo (A PÁGINA DO RELÂMPAGO ELÉTRICO foi lançado em 77). Convida Caetano Veloso, que logo aceita o convite e grava em agosto/87, no Morro da Urca seu novo LP: um apanhado geral de sua carreira na sua concepção musical atual.



Clube da Esquina. Um simples meio-fio da esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, em BH, onde meninos se encontravam, sonhadores, para tocar e cantar, mitificado na música de Milton, Lô e Márcio Borges - Noite chegou outra vez/ de novo na esquina os homens estão/ todos se acham mortais/ dividem a noite, a lua, até solidão... -, tornada hino de toda uma geração.
Milton, impressionado com o amadurecimento musical daquela geração, muito próxima da sua, que tinha visto crescer, encantado com as composições de , muitas delas em parceria com Beto, decidiu fazer do seu próximo disco, pela gravadora Emi-Odeon, mais do que um registro do Clube, um encontro que o eternizasse. Sob o signo da generosidade, nasceu Clube da Esquina, antológico álbum duplo, um marco para estas carreiras em gestação.
Milton Nascimento(Bituca), Márcio Borges, Fernando Brant foram o núcleo inicial do movimento musical que transformaria o panorama da MPB naquele início dos anos 60, paralelamente à Tropicália, juntando às influências da Bossa Nova, as novas sonoridades trazidas pelo rock britânico dos Beatles e os ecos barrocos da mineiridade e da tradição das igrejas.
Para Santa Teresa, a família Borges voltou em meados daquela década, levando consigo amigos e parceiros. , que era ainda menino no edifício Levy, cresceu e encontrou-se fraterna e sonoramente com Milton.
Veio seu amigo de infância Beto Guedes. Veio a música "Clube da Esquina", homenagem ao cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis - lugar onde as janelas se abriam ao negro do mundo lunar e ao som dos violões dissonantes da rapaziada.
Vieram o álbum duplo de mesmo nome, reunindo toda a turma: Milton, Lô, Beto, Wagner Tiso, Toninho Horta, Tavinho Moura, Ronaldo Bastos...
O Clube da Esquina expandiu suas fronteiras, alcançou sucesso nacional e internacional, com as carreiras de Milton Nascimento e Toninho Horta, em especial.
A inspiração das esquinas de Santa Teresa permaneceu e fez fama.
Em seu livro "Os sonhos não envelhecem", Márcio Borges conta a história do movimento musical e das principais personagens ligadas a ele e lembra quanta gente - a gaúcha Elis Regina, o carioca Gonzaguinha, o norte-americano Wayne Shorter, o multinacional Naná Vasconcellos - chegava em BH e ia direto para o bairro, atrás da esquina que inspirava tantas criações maravilhosas.
Não podiam compreender que, para além da singeleza do bairro, havia o predestinado encontro de talentos de uma geração que veio para deixar a sua marca.

Fonte: Jornal ESTADO DE MINAS -Clara Arreguy - Especial


*Beto Guedes 50 anos ao vivo



Um show inesquecível, deste talentoso e carismático gênio da música popular brasileira e do mundo. O show foi realizado em 11 de setembro de 2001 no teatro Francisco Nunes, em Belo orizonte. foi gravado para o especial comemorativo do aniversário de Beto Guedes.
Conta com a performance do artista interpretando seus principais sucessos ao lado de memoráveis participações especiais.
O DVD é um perfeito registro da obra de Beto Guedes e de toda mensagem de paz de suas músicas , coincidentemente gravado no dia do maior atentado terrorista do mundo.

As participações especiais como Jota Quest





Milton Nascimento






Lô Borges






Tavinho Moura , Cláudia Benitez e Beto Guedes






Com Tony Garrido





Com Wilson Sideral




Com a família Guedes





Com o seu filho Gabriel



Beto Guedes, família e trio Amaranto




Beto Guedes e convidados




Este DVD é fantástico!! Só que é meu rêrêrê...

Brincadeiras á parte, se você aínda não tem este DVD em tua coleção, compre!! É indispensável para enriquecer não em quantidade de DVDs, mas em qualidade, o melhor da MPB está aqui,com interpretações emocionantes e inesquecíveis.
Confiram também a biografia do Lô Borges, Flávio Venturini, Milton Nascimento que está com a biografia do Clube da esquina, confiram!!
Obrigado pela visita e volte sempre, a tua presença aqui é uma honra!
Um abraço e até mais...


Beto Guedes - Amor de Índio





Amor de Índio

Composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado
Meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com arco da promessa
Do azul pintado
Pra durar
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado
Meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado


BETO GUEDES - O SAL DA TERRA




O Sal da Terra

Composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra



Beto Guedes - Amor de Indio - 1980

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